O apoio (muito esperado) do PSDB não deve ser suficiente para facilitar a vida de Simone Tebet como candidata à Presidência da República.
De acordo com caciques do MDB ouvidos pela coluna, o grande desafio da senadora será o seguinte: melhorar os números nas pesquisas antes das convenções partidárias.
Segundo esses emedebistas, a cobrança será a mesma feita pelo PSDB a João Doria: ela precisa provar que tem força para disputar as eleições e, quem sabe, como a candidata da centro-direita, tirar o extremista Jair Bolsonaro do segundo turno.
A tarefa será difícil.
Enfrentar o presidente em exercício, que tem a máquina nas mãos, nunca é um trabalho simples.
O apoio do PSDB dá alguma força a Tebet e apresenta essa opção de centro-direita na terceira via, que já tem Ciro Gomes tentando representar uma centro-esquerda, monopolizada por Lula.
Entre 20 de julho e 5 de agosto, serão realizadas as convenções partidárias para escolha oficial dos candidatos. Simone Tebet precisa trabalhar para aumentar suas intenções de voto sob o risco de não ter o apoio maciço de caciques do seu próprio partido, o MDB, que, ao menos no Nordeste, preferem endossar a candidatura de Lula.
Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta semana mostra Tebet com apenas 1% dos votos. Ciro Gomes, o terceiro colocado, tem 7%.
Os caciques do MDB esperam que a senadora, ao lado de Tasso Jereissati, pelo menos se aproxime de Ciro para conseguir manter sua candidatura de pé.
Resumindo, o cronômetro da campanha eleitoral começou a correr para Simone Tebet. Além da “coragem e amor” que ela afirmou que terá, a senadora vai precisar de muito trabalho para chegar aonde deseja.