Pesquisas internas realizadas pela própria campanha de Jair Bolsonaro – os chamados trackings – começaram a mostrar uma leve queda do atual presidente e uma subida de Lula desde a última segunda-feira, 24.
Esse é um dos principais motivos para o início do “vale-tudo” turbinado por assessores do mandatário, que passaram a criar “factoides políticos” após a forte repercussão negativa do caso Roberto Jefferson, o delinquente aliado de Bolsonaro.
A maior aposta é na história do servidor Alexandre Machado, exonerado pelo Tribunal Superior Eleitoral por “indicações de reiteradas práticas de assédio moral, motivação política, que serão devidamente apuradas”.
O nome disso não pode ser lido de outra forma: má-fé.
Alexandre Machado, jornalista conhecido em Brasília por seus maus modos e imprecisão na apuração jornalística, acusou o TSE de demiti-lo porque teria alertado sobre problemas na transmissão da propaganda do presidente Jair Bolsonaro (PL) por empresas de rádio.
O TSE promete investigá-lo internamente e garante que as alegações feitas pelo servidor em depoimento à Polícia Federal “são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas”.
Como a coluna mostrou, esse é mais um tiro no pé de Bolsonaro, o presidente ruim de mira, revelado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Desde esta terça-feira, 25, auxiliares mais próximos de Bolsonaro tentam criar uma fantasia de que o presidente teria sido prejudicado nas inserções de rádios em relação a Lula.
Não colou. Moraes negou o pedido da suposta acusação e mandou investigar o possível crime eleitoral.
Ocorre que o fator Alexandre Machado pode ser um problema. As investigações podem ligar a campanha bolsonarista ao ex-servidor do TSE. Nesse caso, o tiro vira uma granada contra a própria equipe bolsonarista, como revelou a coluna.
Ah, é importante lembrar: os trackings – os mesmo que motivaram o desespero da campanha do presidente que busca a reeleição – acompanham os números dos principais institutos de pesquisa do país.