Nova pesquisa revela Bolsonaro perdendo um importante reduto eleitoral
Em 2018, o presidente teve 70% dos votos nesta região e agora não chega nem perto disso
Em 2018, Jair Bolsonaro teve exatos 70% dos votos no Distrito Federal, dando uma “lavada” em Fernando Haddad, então candidato do PT à presidência, no segundo turno das eleições. Ou seja, o atual presidente da República conseguiu o apoio de (mais que) o dobro dos eleitores do seu concorrente no DF.
Pois bem, o tempo passou, Bolsonaro fez um governo muito ruim em vários aspectos e a conta, finalmente, chegou.
Nova rodada da Genial/Quaest na capital do país, divulgada neste domingo, 17, revela um empate técnico entre o atual presidente e Lula, o nome do PT em 2022 que tem liderado todas as pesquisas feitas no âmbito nacional.
Segundo Genial/Quaest, Bolsonaro tem 36% contra 32% do petista no cenário em que todos os candidatos (12 nomes) são apresentados para os entrevistados do Distrito Federal. Quando o número de postulantes ao Palácio do Planalto é reduzido a quatro, o presidente tem 38%, Lula 34%, Ciro Gomes, 11%, e Simone Tebet, 4%.
Na pesquisa espontânea – quando a Genial/Quaest não apresenta os nomes dos candidatos aos eleitores – Bolsonaro tem 29% contra 26% do ex-presidente.
Como a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, o atual presidente e Lula aparecem empatados tecnicamente em todos os cenários apresentados no levantamento.
Antigo reduto bolsonarista – ou uma ilha direitista, pode-se dizer assim -, o Distrito Federal, a menor unidade federativa brasileira, mas com grande influência por manter a capital da República, mudou bastante em três anos e nove meses.
Para se ter uma ideia, 56% dos eleitores entrevistados pelo instituto afirmaram que Bolsonaro não merece ser reeleito, independentemente do número que vão apertar na urna no próximo 2 de outubro.
“É mais um resultado de pesquisa que aponta para os desafios do presidente nesta eleição. Para virar o jogo nacionalmente, Bolsonaro precisa virar em lugares como DF, SP e RJ. Não basta empatar, tem que vencer com folga pra tirar a diferença do Nordeste”, afirmou o cientista político Felipe Nunes, responsável pelo levantamento Genial/Quaest, à coluna.