A nova rodada da pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta, 20, se junta à três outros levantamentos de intenção de voto do país que mostram uma (possível) recuperação de Jair Bolsonaro.
A palavra possível aqui é necessária porque o presidente da República oscila em todas elas dentro da margem de erro, ou muito perto dela.
Segundo a nova PoderData, Lula, que lidera as pesquisas de todos os institutos, tem agora 43% contra 37% do atual presidente. Isso, na simulação de 1º turno.
“Os 2 candidatos tiveram variações dentro da margem de erro do levantamento (de 2 pontos percentuais) nos últimos 15 dias: Lula oscilou de 44% para 43%; Bolsonaro variou de 36% para 37%”, afirmou o site Poder360. Ou seja, a diferença que era de oito pontos percentuais agora está em seis, segundo esse instituto.
O presidente também diminuiu a distância para o petista nos levantamentos BTG/FSB, Datafolha e Genial/Quaest.
Divulgada a nove dias, a pesquisa BTG/FSB mostra Lula com 41% dos votos e Bolsonaro com 32% no cenário de primeiro turno – uma distância de nove pontos percentuais. Em maio, essa diferença era de 14 pontos: Lula tinha 46% dos votos contra 32% do atual presidente.
Bolsonaro também cresceu na pesquisa Datafolha, que aponta a maior diferença entre os dois candidatos.
O último levantamento do instituto, divulgado no final de junho, mostra Bolsonaro com 28% das intenções de voto e Lula com 47%. Um mês antes, em maio, Bolsonaro tinha 27% dos votos contra 48% de Lula. No intervalo de 30 duas, segundo o Datafolha, a distância caiu de 21 pontos percentuais para 19.
A Genial/Quaest, por exemplo, também mostrou o crescimento do presidente: em maio, Bolsonaro tinha 29% dos votos e Lula tinha 46%, distância de 17 pontos. Em julho, a distância caiu para 14 pontos. Bolsonaro agora tem, segundo esse instituto, 31% das intenções de voto contra 45% de Lula.
Como mostrado nesta terça, 19, pela coluna, a consolidação dos números da Genial/Quaest nos quatro principais colégios eleitorais revela por que o PT lidera – até agora – a corrida eleitoral, como vinha fazendo de 2002 a 2014.
Ou seja, uma boa notícia para Lula, já que a única exceção ocorreu em 2018, quando o petista não concorreu e Bolsonaro liderou toda a eleição. (Entenda aqui).
Mesmo assim, esta já é a quarta pesquisa com uma oscilação do atual presidente para cima. É preciso lembrar que a trajetória de recuperação pode ficar ainda mais acentuada após os deputados aprovarem a chamada PEC Kamikaze. Bolsonaro adotou o “vale-tudo” para ter chances nas próximas eleições, ferindo a legislação.
É importante registrar também que as amostras de cada pesquisa são diferentes – umas, presencialmente, como o DataFolha (o que, em tese, traz mais precisão), outras por telefone, como a PoderData.
Por isso, não se deve esperar que os institutos vejam a mesma coisa o tempo todo, já que os métodos de coleta e amostragem são diferentes, e o tamanho das amostras, como informado, também varia.