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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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No TSE, a nova prova de que ainda não há espaço para o Lula paz e amor

Ou... que mistério tem o presidente eleito para guardar-se tão firme no coração do povo...

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 dez 2022, 16h18 - Publicado em 12 dez 2022, 16h17

Que mistério tem o [Lula] para guardar-se assim tão firme no coração do povo.

Adaptando a música lançada no álbum de Caetano Veloso em 1968, a coluna lembra que foram, em sua maioria, os mais pobres que deram ao petista o terceiro diploma de presidente da República.

O recall de um político dura algum tempo, é verdade. De um político popular…  mais ainda. Mas não tanto tempo assim. Tem 20 anos que Lula chegou a primeira vez ao Palácio do Alvorada, e 12 anos que o político deixou o poder.

Mesmo com os anos que o separaram da presidência, ele permaneceu como o mais importante ator das redes de proteção social entre miseráveis, os mais humildes e aqueles brasileiros que vivem na classe média baixa.

Numa corrida presidencial apertada como a deste ano – com um populista extremista com a máquina pública na mão – não há como negar que foi o maior estrato sócio-econômico do eleitorado que fez aquela diferença para a vitória de Lula.

Com a diplomação nesta segunda, 12, Lula renasce como chefe de estado tendo vivido como ex-presidente com altos e baixos: da poderosa  influência no governo Dilma até o ostracismo político dos 580 dias de prisão.

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Em 2002, 20 anos atrás, Lula chorou ao comentar que, acusado durante anos de não ter diploma, ganhou o seu primeiro logo como presidente da República.

Hoje, chorou de novo ao relembrar a frase dita há tantos meses – 240 para ser mais exato – e afirmou que “quem passou o que ele passou nesses últimos anos [tem a] certeza de que Deus existe e de que o povo é maior do qualquer pessoa que tentar o arbítrio neste país”.

“Esse diploma não é do Lula presidente, mas é um diploma de uma parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país. Vocês ganharam esse diploma”.

O presidente eleito lembrou que “poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada à prova”, e que o atual momento revela-se como um desafio ainda maior do que no período da Segunda Guerra Mundial.

Há de se pensar sobre isso. Naquele tempo, a fome assolou o mundo como hoje.

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Lula lembrou das “manipulações que levam ao ódio e à violência política” e agradeceu aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral: “a história há de reconhecer sua coerência e fidelidade à Constituição”.

Recordou ainda de Jair Bolsonaro e do movimento golpista que ele lidera. “Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo”.

Não esqueceu das Fakenews: “quando se esperava um debate político democrático, a Nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais”. 

O presidente eleito diplomado se emocionou e não contemporizou os erros dos seus oponentes. Neste momento, não há espaço para o Lulinha paz & amor. Ainda.

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