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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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No JN, Tebet é mais cobrada por promessas que candidatos homens

Mas erra ao não falar para indecisos...

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 set 2022, 10h12 - Publicado em 26 ago 2022, 22h11

No quarto round da supersemana das eleições de 2022, a última representante da terceira via, Simone Tebet, colocou de vez a pecha em Jair Bolsonaro de ser o pior dos candidatos a sentar na bancada do Jornal Nacional.

Parlamentar que teve excelente participação na CPI da Covid-19, Tebet, que testemunhou um erro político do PSDB beneficia-lá, somou tucanos ao MDB, ao Cidadania e ao Podemos para tentar a missão impossível deste pleito: romper o machismo inerente da política e – por tabela – a maior polarização já vista desde a redemocratização.

Filha de um político que, como ela, era um exímio negociador no Congresso Nacional, Simone é verdadeiramente de uma tradição de centro, ao contrário de Ciro Gomes que tenta ser o “nem Lula, nem Bolsonaro”, mas com longa trajetória na centro-esquerda.

Na bancada do Jornal Nacional, discorreu com desenvoltura sobre temas como a pandemia, mas tentou aproveitar o tempo do telejornal para contar sua história e se tornar mais conhecida do público brasileiro. Contudo, não explicou como mudará o Brasil de forma tão rápida como defende seu plano de governo.

Sobre as questões econômicas, não deixou claro como poderia resolver a questão da moradia para 1 milhão de famílias ou zerar a fila do SUS, como bem pontuaram Willian Bonner e Renata Vasconcellos. Uma das formas seria usar o dinheiro do orçamento secreto, hoje executado pelo Congresso Nacional.

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Candidata com os “melhores liberais do país ao seu lado”, como já disse em algumas ocasiões, mostrou que – assim como os outros – vai furar o teto de gastos para poder manter os benefícios sociais, que são fundamentais para os mais pobres, mas se torna contraditório ao liberalismo.

Simone Tebet colocou a culpa na polarização PT-Bolsonaro que, segundo ela, “está levando o país ao abismo” para explicar porque não conseguiu o apoio de noves estados e do DF dentro do MDB, seu próprio partido.

Não deixou por menos as traições de caciques emedebistas como Renan Calheiros e Eunício Oliveira, dizendo que lideranças como eles estiveram envolvidos no Petrolão do PT. Disse ser, na verdade, da legenda de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos.

Chorou ao contar a história de uma eleitora que disse a ela que os R$ 600 do Auxílio Brasil não resolvem a vida, somente uma parte da alimentação. Assim, entrou no assunto relacionado ao segmento que mais mira para poder crescer nas pesquisas: as mulheres.

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Simone Tebet patina nas pesquisas com apenas 2% das intenções de votos. No Jornal Nacional, viu uma injustiça ser feita contra ela: o telejornal realizou uma entrevista cobrando mais detalhes do programa de governo dela do que fez com todos os candidatos homens.

Mesmo assim, não aproveitou tanto quanto Ciro Gomes para falar aos indecisos. Segundo ela, e aí foi a fala que ela abriu um flanco de críticas, o “centro democrático não quer mais voltar ao passado ou ficar no presente”.

Curiosamente, o que as pesquisas mostram é que uma parte dos eleitores quer o presente, Bolsonaro, e um número ainda maior quer Lula, lembrando de um passado no qual avaliam que o Brasil foi mais bem governado. Faltam menos de 40 dias para Simone mostrar que tipo de futuro oferece ao país.

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