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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Lula x Bolsonaro: a pergunta já bate à porta?

Enquanto um outro nome não surge, e é possível que nem apareça, a grande questão de 2022 ganha corpo já em 2021

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jul 2021, 09h41 - Publicado em 14 jul 2021, 09h33

O Brasil precisa começar a se acostumar com essa questão. Não apenas se acostumar, mas se preparar para ela. Política é como nuvem, já dizia Magalhães Pinto, um dos líderes da União Democrática Nacional (UDN) na ditadura. Mas tem hora que não há vento que mude a atmosfera. Ao que tudo indica, pelo menos no quadro de hoje, essa será a decisão a ser tomada em 2022.

As eleições acontecerão em aproximadamente 15 meses. Ou em pouco mais de 450 dias. Tá bom, podem ser muitos dias. Mas se você pensasse um ano e três meses antes de 2018 qual seria o quadro eleitoral naquele 3 de outubro, talvez você parasse para dar mais atenção à política, especialmente sabendo que governo estaria no poder na pior pandemia do último século.

Vivemos um quadro apocalíptico desde 2020, no qual só agora desabrocha uma luz no fim do túnel. E ela só surgiu através da vacina, da ciência, do humanismo, do Iluminismo, iniciado há três séculos. A terra não é plana, o planeta é, sim, redondo. E um vírus pode viajar rapidamente, matando ao menos 4 milhões de pessoas, 534 mil delas no Brasil.

Sim, mas o que a eleição de 2022 tem a ver com isso? Muito. O atual governo tem um líder que fala como se fosse um escolhido de Deus, aquele que a Bíblia disse “que nos amou primeiro”, mas não tem empatia alguma com o próximo.

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Passou boa parte do último ano imbuído em nos maltratar. Arrotar grosserias, xingamentos, mentiras e o mais lamentável: aderiu ao negacionismo crônico. Crônico porque foi repetido inúmeras vezes. Além disso, ele faz ameaças frequentes contra a democracia ajudado por uma atitude dúbia dos comandos militares.

Lula também já mostrou seus defeitos. Ataca jornalistas, tentou controlar a imprensa, não soube evitar a corrupção em seu governo, elegeu uma sucessora cujos erros na economia levaram o país à recessão e à inflação de dois dígitos, mas teve empatia com os mais pobres. Isso, teve.

A gênese do Bolsa Família nasceu no PSDB, mas foi ele que transformou o programa em um alento para famílias miseráveis, em um país que só olhava para os mais ricos. Não apenas alento, com o Bolsa Família o país criou uma forte rede de proteção aos mais pobres.

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Lula também não criava uma crise institucional a cada semana quando foi presidente. Fazia e faz política como poucos. As acusações contra ele têm sido derrubadas, até aqui. Uma a uma.

Em meio a esse quadro, há uma unanimidade entre cientistas políticos: a de que o petista estará no segundo turno. Contudo, alguns creem que talvez o presidente Jair Bolsonaro não esteja. Nessa tese, um outro candidato conseguiria roubar votos do presidente com uma postura direitista, mas mais ao centro.

Bem, até hoje esse candidato não surgiu. Ciro Gomes, mesmo com o João Santana ao seu lado, está à esquerda do espectro político. Com o mesmo histórico de esquerda, Marina Silva tentou ficar ao centro em 2018 e foi absolutamente engolida pela polarização. O próprio Ciro atingiu um teto. João Doria, aparentemente, também tem um teto baixo. E os outros nomes que aparecem em pesquisas, Luiz Henrique Mandetta ou Sergio Moro, podem nem ser candidatos.

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Lula x Bolsonaro. Bolsonaro x Lula. A pergunta de 2022 bate à porta já em 2021, enquanto um outro nome não surge. E aí, leitor – ou melhor, eleitor – o que você decidirá? A decisão está nas suas mãos.

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