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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Justiça baiana enfrenta novo esquema de grilagem

Grupo utiliza documentação fria para questionar posse de terras em refúgios paradisíacos...

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 dez 2023, 10h04

Em meio ao andamento de um projeto para construção de uma nova região em Trancoso, situado entre o “Quadrado” e os “Cientistas” e a 500 metros da Praia dos Nativos, um suposto esquema de grilagem de terras ameaça o desenvolvimento da região.

O caso está na 1a Vara Cível da Comarca de Porto Seguro e aguarda resolução para continuidade das obras.

O projeto traz espaços para esportes, convivência e um vilarejo comercial que fornecerá mais opções para a comunidade próxima, que hoje depende completamente da “parte alta” da região. “Nós, que vivemos aqui, estávamos animados com a construção de uma nova opção de comércio e lazer também para os moradores. É uma pena que, mais uma vez, esse esquema fraudulento esteja ocorrendo em nossa região, o que pode afugentar os projetos que podem trazer melhorias, principalmente para a comunidade”, relata Adiclei Santos de Jesus, mais conhecido como Panda, contramestre de Capoeira em Trancoso.

O Fundo Brasis, que é o dono do projeto, defende a construção do novo polo turístico na região.

Segundo eles, além de uma nova atração turística, o projeto tem também o foco na comunidade, com a geração de empregos, implantação de projetos socioculturais que já são desenvolvidos em outras regiões do país pelo grupo, contrapartidas de infraestrutura para o município, inclusive de melhora no trânsito entre uma ponta e outra de Trancoso, hoje uma das principais questões enfrentadas, além do apoio a fornecedores locais.

Especulação imobiliária

Há um imbróglio jurídico na região que mantém as obras em espera.

Um grupo tenta usurpar um pedaço da área do empreendimento – 136,8 mil m² – com a alegação que ela faria parte de um espólio, apesar de a referida propriedade nunca ter sido contestado pelo falecido ou seus herdeiros em sete décadas.

O modo de agir, inclusive, já foi identificado em outros casos.

Os envolvidos utilizaram documentos que indicariam a cessão de uma área pública a um morador local, que jamais tomou posse da terra.

Eles tentam provar que esse imóvel estaria localizado onde o empreendimento está sendo desenvolvido, coincidindo com parte da área adquirida, com base em registro imobiliário, pelo Brasis.

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O Fundo Brasis, investidor do empreendimento, comprova a legitimidade da propriedade da terra e obteve a aprovação dos estudos para construção de um condomínio.

Mas, sob o fundamento da judicialização da questão, ainda que sem qualquer ordem judicial que assim determinasse, o Município de Porto Seguro suspendeu a tramitação das licenças para construção do empreendimento.

Em resposta à ação iniciada pelo Fundo para ver protegida a sua posse sobre a área, os supostos herdeiros insistem que teriam adquirido a área com base na documentação que apresentaram ao Município, mas não contestam que não tinham a posse ou comprovam ter investido ou dado qualquer destinação social ao imóvel.

O processo está agora na 1a Vara Cível da Comarca de Porto Seguro, sob comando do Juiz Fernando Paropat.

A coluna procurou o advogado do grupo que interrompeu as obras, Alcides Neto, mas não obteve resposta até a publicação desse texto.

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