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Fux já mostra nova forma de presidir STF: “sem tubaína”

Respeito institucional, necessário distanciamento e uso do poder na pauta: essa é a fórmula que o novo presidente da corte prefere seguir

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 out 2020, 09h17 - Publicado em 5 out 2020, 11h43

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, já está mostrando uma nova forma de liderar a mais alta corte do país: sem participar de conchavos, de debates políticos, mantendo o respeito institucional, mas também o distanciamento em relação aos outros poderes. É o modo “sem tubaína” que começa a se revelar na corte.

Enquanto o ex-presidente Dias Toffoli passou o fim de semana da mesma forma que presidiu o Supremo, marcando encontros políticos,  definindo-os como “confraternização” e chamando Jair Bolsonaro de amigo, Fux não esteve na festa que terminou ao som da banda Queen. O novo presidente do STF tem mantido a sobriedade que convém a quem comanda o poder judiciário.

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No ideário atual da presidência da República, “tomar tubaína” é sinal de proximidade e prestígio que o governo confere a determinado personagem. Quem pensa que Fux se sente desprestigiado por não “tomar tubaína” com Bolsonaro está enganado. Fux discorda do método utilizado pelo seu antecessor no posto de presidente da corte.

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Dias Toffoli e outros ministros, como Gilmar Mendes, sempre participaram mais, enquanto ministros do STF, da política nua e crua. Até as decisões dos dois mostram isso. Neste fim de semana, Mendes suspendeu as investigações envolvendo a Fecomercio do Rio de Janeiro, e que miram advogados ligados a todo tipo de espectro político. Também restaurou a prisão domiciliar de Fabrício Queiroz. 

Dias Toffoli, por sua vez, suspendeu apurações com dados do antigo Coaf, a pedido do filho Zero Um, Flávio Bolsonaro, apenas para ficar em um exemplo.

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Essas confraternizações entre políticos e ministros da mais alta corte do país servem, em primeiro lugar, para aumentar a romaria de parlamentares aos gabinetes de magistrados. Já essa proximidade que o governo tenta manter com o ministro “a” ou “b”, fato que já aconteceu em outras administrações, ajuda sim, mas nas decisões monocráticas que, por sua natureza, são temporárias.

Quem decide a pauta do STF agora é o Fux – sob nova direção e, ao que tudo indica, com menos política. Na corte, entre os colegas de toga, se comenta que os demais atores da República não deveriam subestimar o poder de pauta de quem dirige o Supremo. O ministro preferirá usar o seu poder nela. Cabe ao presidente do STF fazer a pauta e esse poder será decisivo nos próximos dois anos.

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