Depoimento de Wajngarten será o mais impactante da semana, diz Randolfe
Além do ex-chefe da Secom do Planalto, a CPI vai ouvir diretor da Anvisa e representantes da Pfizer
A CPI da Covid-19 entra em sua segunda semana de oitivas prometendo ser importante para que os senadores possam aprofundar as investigações.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, o depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten tem potencial para ser o mais impactante da semana.
“Do ponto de vista do que ele está prometendo e do ponto de vista da condução das investigações, pode vir a ser o mais impactante”, afirma o senador, citando reportagem de VEJA. Wajngarten deve ser ouvido pela comissão na quarta-feira, 12.
Para Randolfe, o mais importante nesse momento seria avançar em relação à pressão por mais vacinas contra o coronavírus, o que pode acontecer a partir do depoimento de Antônio Barra Torres, diretor- presidente da Anvisa, na terça, 11. “Eu acho que o Barra Torres vai ser mais produtivo porque nós vamos poder pressionar mais em relação à vacina”, destaca Randolfe.
Segundo ele, essa é a maior conquista que a comissão pode ter. “Se a CPI cumprir o papel de pressionar por vacina, é uma das grandes conquistas que a CPI pode dar”, enfatiza.
Outro ponto forte da semana serão os depoimentos de representantes da Pfizer. De acordo com Randolfe Rodrigues, a oitava vai ajudar os parlamentares a entenderem “as omissões que o governo teve em relação à vacina”.
O senador alerta que a próxima semana deve ser ainda mais forte com os depoimentos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.
O ex-chefe do Itamaraty teria tido “um papel de protagonismo na negação da vacina e incentivado a fabricação de cloroquina”, segundo o senador.
Randolfe diz, ainda, que deve acontecer a reconvocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já que muito senadores ficaram insatisfeitos com o depoimento da última semana e novos fatos surgiram após a oitiva.
“Tendo o apoio de sete (senadores), já é maioria. Esses sete, em especial ficaram insatisfeitos. Tem 3 ou 4 que não tem como mudar a posição. O Girão vai querer sempre convocar prefeitos e governadores e os três do governo estão lá pra tentar reduzir danos, o desgaste do governo. Os sete que interrogaram o Queiroga não ficaram satisfeitos”, destaca Randolfe.