O anúncio da “COP-30 na Amazônia” – mais especificamente em Belém do Pará – é uma importante vitória para o presidente Lula e o governador Helder Barbalho, mas traz um enorme peso para o governo federal e estadual até 2025.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima olhará com lupa a cidade-sede do importante evento internacional e para o Brasil como um todo.
No meio do atual tiroteio ambiental, aumenta e muito a responsabilidade do país. Terá que combater mais e mais o desmatamento – incluindo no próprio Pará, estado que sempre aparece com altas taxas.
Belém tem que trabalhar mais em soluções sustentáveis porque acaba sendo uma vitrine. O mundo desembarca na COP com olhares ambientais – e não é um olhar qualquer.
Como se sabe, a Conferência nasceu em 1992, no Rio de Janeiro. É como se ela, finalmente, estivesse voltando para casa – o que pode ser um grande ativo político para Lula e Helder no ano anterior às eleições.
Mas imagine, leitor, se as delegações chegarem com a “casa” desarrumada?
Nesta sexta, 26, o presidente deu uma declaração dizendo que em todos os lugares só se fala de Amazônia. “Então, vamos fazer a COP… na Amazônia”.
Certo. Excelente.
Só que, em meio ao esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente, isso pode acabar sendo um tiro pela culatra.
PS – É sempre importante lembrar que ninguém fará mais feio que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que recusou uma COP realizada depois na Espanha. Nisso, o líder da extrema-direita já ganhou de Lula…