Acostumado com a prisão desde o mensalão do PT, o presidente do Partido Liberal e um dos líderes da direita hoje no Brasil, Valdemar Costa Neto, escreveu mais um nebuloso capítulo da sua história nesta quinta, 8, ao ser detido em flagrante por porte ilegal de arma.
Muito mais que a prisão em si nesses altos e baixos de sua carreira política, Valdemar passou a figurar na lista de investigados pela tentativa de golpe contra a democracia brasileira antes da posse do presidente Lula — o mais grave ato contra o estado de direito desde a ditadura militar.
O dirigente partidário é suspeito de fazer parte do plano golpista orquestrado por um “núcleo de inteligência” supostamente liderado por Jair Bolsonaro, que foi denunciado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do líder da extrema direita.
Em depoimento, o tenente-coronel do Exército apresentou provas de que aconteceram reuniões sobre o golpe na presença de Valdemar Costa Neto e outras figuras expoentes do bolsonarismo, como o general Braga Netto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
Valdemar, que fazia política mesmo preso no mensalão do PT, resolveu agir contra a arte de governar, contra a democracia e contra o estado de direito, caso as informações da operação Tempus Veritatis se confirmem.
Aliás, sua ficha corrida também aumentou bastante. Sendo investigado por um crime, Valdemar conseguiu ser preso em flagrante por outros dois, que nem sequer estavam previstos na gravíssima investigação sobre o golpe.
Além do porte ilegal de arma, Valdemar foi flagrado cometendo a possível contravenção de “usurpação de mineral”, por estar com a posse de uma pepita de ouro bruto cuja comercialização não é regulamentada no Brasil. A Polícia Federal agora tenta descobrir se a pepita foi extraída em garimpo ilegal de alguma reserva indígena.
É mole ou quer mais?