Saiu o Censo! Demorou três anos, mas saiu.
Isso é uma boa notícia porque, durante muito tempo, se pensou que Brasil não teria a pesquisa.
Sob Jair Bolsonaro, o Censo sofreu cortes de orçamentos profundos. Acabou também marginalizado porque o governo não gostava de dados. Era negacionista até nisso.
O momento mais dramático foi quando a polarização começou a atrapalhar até a coleta das informações. Muitos bolsonaristas não recebiam o IBGE, que começou a ter dificuldade acesso às pessoas.
Além disso, a gestão Bolsonaro não deu a estrutura para os pesquisadores chegassem às regiões mais remotas. Tanto foi assim que, após a posse de Lula, Simone Tebet teve que arregaçar as mangas para que o IBGE chegasse às terras indígenas mais distantes.
Ou seja, podemos dizer que esse foi o Censo Demográfico mais atingido pela política da história do Brasil. Até os nomeados do governo anterior para cargos no IBGE, incluindo a presidência do órgão, não tinham intimidade com o assunto.
Então, hoje é um dia com uma notícia boa, já que o Censo sobreviveu a todo esse choque político.
Mas o que a pesquisa traz de informação? Que a população brasileira é menor do que se previa, e vai parar de crescer num prazo mais curto do que se esperava.
Esse dado influencia todas as áreas. A questão urbana, a questão das escolas, dos empregos. Qualquer assunto, na verdade!
O país agora tem que se debruçar sobre esses números – os mesmos que o negacionismo de Bolsonaro atacou com todas as forças – o mais rápido possível.
Não ter o Censo atualizado atrapalha (e muito!) a elaboração de políticas públicas.
Tomara que o governo Lula faça isso logo. Porque muita coisa na atual gestão está demorando… e, agora, a responsabilidade será do petista.