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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A sinalização política que une Lula, Bolsonaro e Ciro

Ou... como 2022 colocará o ponto final na lista tríplice para a PGR

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 ago 2022, 11h41 - Publicado em 16 ago 2022, 10h19

No Roda Viva desta segunda-feira, 15, quando em alguns momentos da entrevista lembrou o truculento e irritadiço candidato de outras campanhas, Ciro Gomes sinalizou que não aprova a lista tríplice para a Procuradoria-Geral da República.

Prometendo se encontrar com membros da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), disse não ter certeza de que, se vencer, seguirá a eleição dos integrantes do Ministério Público Federal – a mesma que foi desrespeitada por Jair Bolsonaro e que pariu Augusto Aras à frente do órgão investigador.

Ciro lembrou acertadamente dos muitos abusos recentes do MPF, mas se esqueceu de que o atual PGR – escolhido fora da lista tríplice pelo presidente da extrema-direita – se comporta mais como tentáculo do governo do que como um chefe da procuradoria que deveria fiscalizar a gestão.

O pedetista, que reclama quando é interrompido por jornalistas pedindo para responder os questionamentos com profundidade, não se estendeu sobre o tema. Acabou sendo contraditório.

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Diz que viu Lula se corromper, que avisou o político de inúmeras ilegalidades nos governos PT, mas esquece que algumas delas se tornaram públicas devido à independência dada pelo pelo partido à PGR, escolhendo nomes da lista tríplice.

Lula sempre respeitou o formato de escolha do PGR, inclusive apontando o nome mais votado pelos integrantes do Ministério Público Federal. Aliás, foi o primeiro presidente a fazer isso. Fernando Henrique Cardoso, tão elogiado por sua postura democrática, nos “brindou” com Geraldo Brindeiro, não muito diferente de Aras.

Ocorre que o próprio Lula não se comprometeu com a lista em entrevista recente, caso seja eleito para um terceiro mandato. Para fugir da resposta, disse que não podia revelar tudo sobre o novo governo, apontando ser melhor deixar algumas decisões como surpresa para a sociedade após a eleição.

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Com isso, os três líderes das pesquisas de intenção de voto sinalizaram ser contra o formato.

Ou seja, é preciso avisar aos integrantes do MPF que – a não ser que Simone Tebet vença a eleição – acabou a lista tríplice para a PGR no Brasil. E que poderemos ter agora uma sucessão de Aras no MPF, escolhidos sempre pelo grau de blindagem que oferecerem ao incumbente.

Trata-se do enfraquecimento de uma das principais missões da República.

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