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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A nova (e grande) aposta de Bolsonaro no segundo turno

Crédito consignado do Auxílio Brasil pode atrair voto de eleitores mais pobres

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 out 2022, 11h05 - Publicado em 10 out 2022, 14h48

A 20 dias do segundo turno das eleições, o governo lançou, como estava previsto, mais uma aposta para tentar conseguir votos para o presidente Jair Bolsonaro, especialmente entre os eleitores mais pobres. Nesta segunda, 10, começou a ser disponibilizado o crédito consignado do Auxílio Brasil.

O crédito começa a ser pago exatamente no mesmo dia em que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que 79,3% das famílias brasileira está endividada. Nas casas com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento chega a mais de 80% das famílias.

Embora os números da economia tenham melhorado nesse segundo semestre do ano, com a queda da inflação e dos números do desemprego, o brasileiro vem passando por situações difíceis desde o início da pandemia do coronavírus. O endividamento calculado pelo CNC é a prova de que a população não está conseguindo pagar as contas e, por isso, o crédito consignado pode melhorar a imagem do governo nessa trajetória até o segundo turno.

Bolsonaro tem lutado para conseguir votos entre os eleitores mais pobres. Segundo a pesquisa Ipec divulgada na última semana, Lula tem 64% das intenções de voto na faixa do eleitorado que ganha até 1 salário mínimo contra 29% do atual presidente. Entre os eleitores que ganham de 1 a 2 salários mínimos, a diferença é menor, mas Bolsonaro continua em desvantagem: o petista tem 55% dos votos contra 41% do presidente.

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O Auxílio Brasil tem sido exaustivamente usado pela campanha de Bolsonaro para atrair os mais pobres. Agora, o crédito consignado também deve ser amplamente divulgado pelo governo para atrair a atenção. A proposta dá uma nova força ao presidente que continua agindo num “vale-tudo” eleitoreiro para se manter no poder.

Embora ainda não saibam se o consignado vai atrair muitos votos, a campanha de Bolsonaro está comemorando o início do pagamento do crédito. Considerando que o Auxílio Brasil não deu tão certo quanto a equipe econômica esperava em termos eleitorais, fica a dúvida sobre os reais efeitos do crédito consignado nas urnas no dia 30 de outubro.

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