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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A nova dor de Freixo em relação ao caso Marielle

"Por que governador Claudio Castro, que foi vereador com ela, trocou três vezes o delegado?" É o que pergunta o deputado após 4 anos sem respostas

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 mar 2022, 15h49 - Publicado em 15 mar 2022, 11h51

O deputado Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo do Rio, fez um duro relato à coluna sobre o que sentiu após ver, nesta segunda, 14, o assassinato de Marielle Franco completar quatro anos – isso, sem que o Estado tenha descoberto quem são os mandantes do crime.

Com a palavra, o amigo de longa data da ex-vereadora, a mulher, negra, favelada que foi assassinada pela milícia – a milícia organizada com os resquícios da ditadura militar que corroeu o Brasil:

E eu fui vendo cada rosto, depois desses quatro anos. Foi vindo na minha cabeça tudo o que a gente viveu porque a gente trabalhou juntos 10 anos. E ela no meio daquela garotada que a gente foi construindo, criando, um processo de formação muito grande dela. A gente se abraçando, uma tristeza nos olhares, sem ninguém falar nada, uma ausência muito forte dela, quatro anos, um sentimento de indignação, de saudade, muito duro. 

Eu fiquei pensando: tem um lugar que é o da indignação porque o caso não está resolvido, mas por outro lado também, em relação a esse sentimento que estou falando, não tem como esse caso ser resolvido porque a única coisa que resolveria era ela de volta. Então, tem um lugar que não é possível resolver porque nada deveria ter tirado ela dessa forma. Não é um caso a ser resolvido, esse é um caso que não se resolve porque você não devolve a vida, não devolve o que ela significou, você não devolve o estrago que foi matar uma mulher com todo o significado que ela tinha. Isso não se resolve. 

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E, por outro lado, tem uma impunidade muito agressiva. São cinco delegados em 4 anos de morte. O atual governador [Cláudio Castro] trocou três delegados. O inquérito tem 70 peças. São mais de 10 mil páginas. Isso significa que alguns delegados que ficaram nem leram, não conseguiram nem ler. 

Por que  [Castro], que foi vereador com ela, trocou três vezes o delegado? É um projeto de… não resolver. Isso é  muito a expressão do que está vivendo o Rio de Janeiro,  uma crise civilizatória, mais que uma crise fiscal. O Brasil também, mas o Rio… Desculpa, mas hoje eu estou numa roda viva aqui. Obrigado pela sensibilidade. Um abraço”.

A falta de respostas sobre o caso Marielle Franco é mais uma derrota fragorosa da democracia brasileira. Um estado de direito não se faz assim… nem um país.

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