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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A importante chance perdida por Lula diante de Maduro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 mar 2024, 22h53 - Publicado em 6 mar 2024, 21h00

O presidente Lula perdeu mais uma oportunidade de condenar o regime chavista de Nicolás Maduro na Venezuelao mesmo que persegue opositores de forma cruel, sem realizar eleições livres.

Em tom de brincadeira – como se estivesse certo em não criticar há décadas o arbítrio no país vizinho – o petista questionou primeiramente os jornalistas: “Vocês sabem que eu fiquei feliz que foi marcada a eleição na Venezuela?”

Sim, marcaram para o dia 28 de Julho, data do aniversário de Hugo Chávez – mais uma afronta a todos que não relativizam a palavra democracia -, e com a principal candidata de oposição fora da disputa por decisão da Justiça.

E a Justiça na Venezuela é controlada por quem? Maduro.

Ora, tenha a santa paciência.

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Lula, ainda assim, não se fez de rogado e continuou a errar sobre a Venezuela ao ser questionado se as eleições seriam justas: “o que eles me disseram, da reunião que tive na Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos], é que vão convidar olheiros do mundo inteiro. Mas se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento que o nosso aqui, nada vale”. 

Ou seja, o petista comparou opositores de Maduro a Bolsonaro, quando deveria comparar o próprio líder do regime chavista ao líder da extrema-direita brasileira. Os dois têm visões autocratas do mundo, ainda que um à esquerda e outro à direita do espectro político.

Lula já havia desrespeitado a comunidade internacional ao se manter em silêncio antes e depois de encontrar Maduro – quando deveria ter cobrado eleições livres na Venezuela – no final da semana passada. 

Isso só prova que Lula é seletivo em sua ação, e até na indignação com questões humanitárias internacionais. 

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Maduro continua sendo Maduro ao forçar a retirada de María Corina Machado, hoje principal opositora na Venezuela, da corrida eleitoral. E Lula continua sendo Lula ao não criticá-lo, minimizando o horror do regime chavista.

“Aqui, neste país, eu fui impedido de concorrer nas eleições de 2018. Ao invés de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato, que disputou as eleições”, disse Lula também nesta quarta, 6.

Não faz sentido algum em manter o constrangimento em relação ao que preciso ser dito sobre Maduro. Aliás, o constrangimento é de quem não está disposto a apontar os problemas na Venezuela apenas porque o líder daquele país se diz de esquerda.

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