A grande demora do TSE em julgar a cassação de um governador
... enquanto corre com o do Sérgio Moro!
![Edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/TSE-TRIBINAL-SUPERIOR-ELEITORAL-20.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A ministra do TSE Isabel Galotti mantém na gaveta o primeiro processo de cassação do governador do estado de Roraima Antônio Denarium, concluso para julgamento desde 23 de fevereiro passado. Já o do senador Sérgio Moro – aquele mesmo descrito como a pior coisa que a política brasileira já pariu nos últimos anos – teve seu processo colocado em pauta com parecer do Ministério Público e julgamento para semana que vem, entre os dias 16 a 21 de maio. Moro foi julgado pelo TRE do Paraná no dia 8 de abril.
Agora, o curioso é que o governador de Roraima também já foi cassado pelo TRE do estado em três processos por compra de votos e abuso de poder político nas três ações. Ele se mantém no cargo debaixo de verdadeiro temporal de denúncias de corrupção e suposto envolvimento em crimes de grilagem de terras, garimpo ilegal e desvio de dinheiro público.
O que se percebe – e tem se comentado em Brasília – é que não existe critério para conclusão e julgamento de processos pelo TSE. Como um governador com três condenações não tem data alguma para ser julgado, e um senador, em pouco mais de um mês após ser inocentado no TRE, será julgado em tempo recorde?
Fica a pergunta.