A estranha atuação da procuradora que acusa Alexandre de Moraes
Ou… o que está por atrás da acusação de Lindora Araújo contra o ministro do Supremo
Após VEJA revelar o teor de um documento sigiloso no qual Lindora Araújo acusa Alexandre de Moraes de autorizar procedimentos ilegais e promover prisões sem fundamento, a vice-Procuradora-Geral da República entrou de forma definitiva no holofote em Brasília.
Mas quem é de fato a número 2 de Augusto Aras? É importante contextualizar alguns fatos.
Lindora Araújo é ainda mais apoiadora de Jair Bolsonaro que o próprio Aras, e eu vou dizer porquê.
Com o fim do governo Bolsonaro, Aras “tranferiu” o papel de defensor das ideias da extrema-direita para a procuradora, culminando em um apoio sistemático não só ao governo – do agora inelegível ex-presidente – como também ao bolsonarismo e todos os outros “ismos” que com ele surgiram.
Em plena pandemia – acreditem, leitores! – Lindora chegou a fazer uma peça contra o uso da máscara, sustentando tudo que o Bolsonaro queria.
Ora! Não é o Ministério Público que deveria dizer se as máscaras tinham ou não eficácia. Quem atesta isso, como sabemos, é a ciência.
A procuradora fez isso justamente para defender e evitar multas e punições ao líder da extrema-direita, agora com seus direitos cassados.
Ao emitir acusações contra Alexandre de Moraes, a apoiadora do braço mais radical do Ministério Público, que vestiria muito melhor a roupa de Advogada-Geral da União da extrema-direita, não cresceu (esse não é o papel da PGR), mas apareceu.
É natural que haja muito questionamento às ações de Alexandre de Moraes, mas classificar as ações contra Anderson Torres e Mauro Cid como “pescaria” é comprovar apenas que o pescador é bom.
Nesse anzol foram encontrados fortes indícios de crime, como os que foram trazidos aos leitores pela própria VEJA.
Provas que deveriam estar sendo analisadas e aprofundadas, e não jogadas no lixo como Lindora tanto quer.