A estratégia em relação ao caso da venda ilegal de presentes dados ao Estado brasileiro – envolvendo o entorno mais próximo de Jair Bolsonaro – será a de tentar criar um sentimento de perseguição política contra o ex-presidente.
A decisão foi tomada dentro do PL. E Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, já começou a dar o tom de como isso será feito.
“O Bolsonaro é o maior líder que o Brasil já conheceu. É o maior líder de nossa história. Nós vamos sempre tratá-lo como presidente de honra do nosso partido, sempre estaremos ao seu lado. Muita gente não compreende que o Bolsonaro é um líder que veio para ficar”, disse nesta semana.
A ideia no PL é a de manter o discurso no qual o líder da extrema-direita será sempre definido como “honesto, competente e trabalhador”. Isso servirá para o julgamento político, apesar de todas as provas apresentadas até agora contra seus mais importantes auxiliares.
Nesta quarta, 16, contudo, surgiu um novo problema. Cezar Bitencourt, novo advogado de Mauro Cid, afirmou à jornalista Camila Bomfim que “assessor cumpre ordens do chefe”.
“Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou”, disse o defensor do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e peça-chave do escândalo.