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Por Marcela Rahal
Jornalista, repórter e apresentadora. Blog de informação e análise do cenário político nacional
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Ministro Mauro Vieira vai evitar falar de ‘Holocausto’ na ida ao Senado

O chanceler brasileiro vai participar de Comissão para explicar situação com Israel após Lula comparar ação do país em Gaza com o Holocausto

Por Marcela Rahal Atualizado em 28 fev 2024, 10h49 - Publicado em 28 fev 2024, 10h39

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera, vai participar da Comissão de Relações Exteriores do Senado, na segunda semana de março, para falar sobre a crise diplomática com Israel, após a fala de Lula comparando as ações do país em Gaza ao Holocausto.

O chanceler, segundo interlocutores do Itamaraty, não deve entrar no mérito da declaração do presidente. A ideia foi, em primeiro lugar, se antecipar e combinar com o senador Renan Calheiros, que preside a Comissão, a ida ao Congresso para acalmar os ânimos e evitar uma convocação.

Em sua participação no Senado, Vieira quer relembrar o histórico positivo da posição brasileira em relação a guerra em Gaza, que no dia do ataque do Hamas contra Israel, Lula condenou o ato como terrorista.

O Brasil estava na presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU em outubro, mês que aconteceu o atentado. Desde então, o governo brasileiro tem defendido um cessar-fogo, a liberação de reféns e um corredor humanitário para que os palestinos pudessem receber ajuda.

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Além disso, o ministro deve ressaltar a rapidez do governo brasileiro em relação a repatriação dos brasileiros que estavam na área de conflito. A ideia é destacar ainda que o Brasil sempre criticou a desigualdade da reação israelense contra os palestinos e que defende a criação de dois estados para uma solução pacífica.

O Itamaraty não pretende escalar o conflito, mas terá respostas diplomáticas firmes, como a de chamar o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, de volta ao Brasil, após reprimenda pública que ele sofreu sendo chamado por Israel no Museu do Holocausto.

A retirada definitiva do diplomata ainda não é cogitada pelo governo. Os planos são, segundo embaixadores ouvidos pela coluna, esperar o clima melhorar e ignorar provocações.

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Mas a fala feita pelo presidente Lula ainda tem gerado uma série de críticas do chanceler de Israel, Israel Kartz. Nesta quarta-feira, 28, ele voltou a atacar o petista, depois que o brasileiro afirmou, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, que não citou a palavra Holocausto. No X, Kartz escreveu:

“@LulaOficial, você disse que a guerra justa de Israel contra o Hamas em Gaza é igual ao que Hitler e os nazistas fizeram com os judeus, e ofendeu a memória de 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto. Não vamos esquecer, nem perdoar. Envergonhe-se e peça desculpas!”, cobrou.

Desde o episódio, o presidente é considerado persona non-grata por Israel. O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, foi chamado pelo ministro Mauro Vieira para falar sobre a crise. O diplomata, que tem simpatia por Bolsonaro, já foi convocado cinco vezes a dar esclarecimentos ao governo brasileiro, mas os encontros nunca foram tratados de forma pública.

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