O Brasil não pretende abrir mão do acordo entre Mercosul e União Europeia, segundo fontes do Itamaraty, mesmo após o presidente francês, Emmanuel Macron, dizer que a negociação é impossível e pedir o fim das tratativas à Comissão Europeia.
Macron vem sendo pressionado internamente por protestos de agricultores que pedem, entre outras demandas, o fim do crescente aumento da competição com o mercado externo.
Portanto, não é novidade que o presidente francês se manifeste contra o acordo entre Mercosul e UE. O fato é que isso não interferiu no posicionamento da Comissão, que já reafirmou a continuidade das negociações.
De acordo com o Itamaraty, as reuniões seguem normalmente a cada 15 dias ou semanalmente, e “não falta muito para uma decisão”. Algumas questões ainda estão em aberto, como a lei anti-desmatamento e o cronograma de liberalização comercial em setores novos.
Até a Argentina, sob o comando do ultraliberal Javier Milei, já topou, “sem ressalvas”, afirmou um diplomata à coluna, mesmo após inúmeras críticas que fez ao bloco durante a sua campanha à presidência do país.
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