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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Tiros, mortes, reféns e aulas suspensas: a escalada da violência na Bahia

Na segunda-feira 4, sete reféns foram libertados e cinco suspeitos morreram em confronto com a polícia; UFBA suspende atividades em quatro campi

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 21h21 - Publicado em 5 set 2023, 12h48

Os últimos dias foram marcados por confrontos entre traficantes, ações policiais em diversas favelas, aulas suspensas e muito medo em Salvador e em sua região metropolitana. Os episódios agravaram a crise de segurança pública enfrentada pelo estado e que tem colocado o governador Jerônimo Rodrigues (PT) sob pressão. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em julho, mostram a Bahia com altas taxas de mortes violentas e letalidade policial, entre outros índices.

Na noite de segunda-feira 4, as atividades em quatro campi da Universidade Federal da Bahia (Ondina, Canela, São Lázaro e Federação) foram canceladas por determinação da reitoria. Os trabalhos foram retomados nesta terça-feira. 

Ainda na manhã de segunda, os policiais militares libertaram sete pessoas mantidas reféns na região do Alto das Pombas. Na ocasião, foram apreendidos seis fuzis, oito pistolas e três granadas. Cinco suspeitos foram mortos pela polícia, seis foram presos e outras cinco pessoas ficaram feridas. À noite, diversas ruas e avenidas da região ficaram vazias, devido ao medo de novos confrontos. O comércio também fechou mais cedo.

A escalada da violência fez o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, se pronunciar sobre uma possibilidade de intervenção federal na gestão do estado. “Eu não vejo necessidade nenhuma de intervenção, até porque nós temos realizado ações efetivas, ações de investimento, ações de policiamento e ações de operações de inteligência. Temos números que demonstram que essas ações têm tido resultado necessário”, afirmou.

A fala de Werner ocorreu no dia em que a polícia local prendeu três pessoas suspeitas de participação na morte da líder quilombola Mãe Bernadete, de 72 anos, no município de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador. O crime teve repercussão internacional. Uma semana depois, uma chacina na mesma região deixou nove mortos, incluindo três crianças.

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