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Tese de impeachment de Bolsonaro racha o Novo e respinga até no MBL

Direção da legenda vê incapacidade do presidente para liderar a nação, mas Van Hattem, candidato a presidente da Câmara, alerta para ‘tumulto na democracia’

Por Camila Nascimento Atualizado em 21 jan 2021, 16h44 - Publicado em 21 jan 2021, 16h41
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  • A discussão sobre uma possível abertura de processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro está dividindo o partido Novo.

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    A legenda, que foi uma das surpresas da eleição de 2018, quando fez sete deputados, tem um candidato à presidência da Câmara, Marcel van Hattem (RS), que acha que não há crime de responsabilidade que justifique a medida — caso seja eleito, o que é improvável (os favoritos são Baleia Rossi, do MDB-SP, e Arthur Lira, do PP-AL), o deputado gaúcho teria que lidar com 61 pedidos de abertura de impeachment que repousam hoje na gaveta de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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    Em seu Twitter, Van Hattem afirmou não concordar com muitas das atitudes de Bolsonaro, como o uso da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para, segundo ele, benefício pessoal, mas que o “impeachment sem crime de responsabilidade é tumulto na democracia”. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), e o deputado federal Paulo Gamine (Novo-RJ), líder da bancada na Câmara, são outros nomes contrários a discutir agora o impeachment.

    Do outro lado, no entanto, está João Amoêdo, um dos fundadores e o principal nome do Novo — foi o quinto colocado na eleição presidencial de 2018, com quase 2,7 milhões de votos –, que é a favor do impeachment desde do início de 2020, quando Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, acusou Bolsonaro de interferir na Polícia Federal. Em seu Twitter, ele mantém nos últimos dias a hashtag #ImpeachmentBolsonaroUrgente.

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    Na quarta-feira, 20, a direção do Novo foi na mesma linha. O perfil oficial da legenda publicou no Twitter uma sequência de posts na qual afirma, entre outras coisas, que “a atuação do presidente acentuou e evidenciou ainda mais sua incapacidade de liderar a nação em um momento de crise” e que “o presidente precisa ser responsabilizado pelos seus erros”.

    A thread foi retuitada pelo presidente da sigla, Eduardo Ribeiro.

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    https://twitter.com/partidonovo30/status/1352022223587057665?s=20

    MBL

    O racha no Novo sobre como proceder em relação ao impeachment também refletiu no Movimento Brasil Livre (MBL) depois que o vereador paulistano Fernando Holiday (Patriota) declarou apoio a Hattem e disse não ver motivo para a abertura de processo contra o presidente. Hattem já foi militante do MBL, movimento criado em 2014 e que ganhou protagonismo exatamente por pedir o impeachment de um presidente, o de Dilma Rousseff (PT), quando organizou grandes manifestações de rua.

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    A maioria do MBL, no entanto, também é a favor da saída de Jair Bolsonaro, o que fez com a crise no Novo também se estendesse ao movimento. Alguns dos seus principais membros, como o deputado fedral Kim Kataguiri (DEM-SP), têm feito duras críticas ao presidente. Renan Santos, um dos coordenadores da organização e defensor do impeachment, convocou o Novo em um post no Twitter a “acabar com esse governo sujo”.

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    Apesar do discurso de Amoêdo e da direção da sigla contra Bolsonaro, o Novo é um dos partidos mais fieis ao governo na Câmara. Segundo levantamento da plataforma Radar do Congresso, do site Congresso em Foco, a legenda é uma das doze cuja bancada têm índices superiores a 90% nas votações a favor das propostas governistas.

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