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Por José Benedito da Silva
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Mortes no RS chegam a 37; Gramado e Santa Cruz do Sul têm mais vítimas

Estado tem 74 desaparecidos e 23 mil desabrigados ou desalojados; Eduardo Leite diz que eventos representam 'o pior desastre climático do estado'

Por Da Redação Atualizado em 9 Maio 2024, 15h13 - Publicado em 2 Maio 2024, 20h04

O número de mortos pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul chegou a 37 nesta sexta-feira, 3, segundo balanço atualizado pela Defesa Civil do Estado às 12h. Há ainda 74 pessoas desaparecidas e outros 74 feridos.

Vinte e duas cidades registraram vítimas fatais — os municípios com mais mortes são a estância turística de Gramado, na Serra Gaúcha, e Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, com quatro óbitos cada. Em seguida, vem o município de Três Coroas, próximo a Gramado, com três mortes confirmadas. Outras localidades tiveram dois registros, como Canela (outro destino turístico na mesma região), Boa Vista do Sul, Paverama, Salvador do Sul, Serafina Corrêa, Santa Maria e Taquara.

Entre os desaparecidos, os maiores contingentes estão em Marques de Souza (13), Roca Sales (10), Candelária (8), Encantado (6) e Lajeado (5).

No total, 235 municípios foram afetados pelas chuvas. Há 7.949 pessoas levadas para abrigos e outras 23.598 desalojadas. Mais de 351.000 pessoas foram afetadas de alguma forma pelos temporais.

Cheia no Guaíba

As chuvas também devem fazer com que o Lago Guaíba, que beira a capital Porto Alegre e outras cidades da Região Metropolitana, supere os cinco metros ainda nesta sexta-feira, 3, superando o recorde de 1941, segundo o hidrólogo da Sala de Situação do estado, Pedro Camargo.

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Pacientes removidos

Isolados pelas enchentes, ao menos doze pacientes que estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estrela, no Vale do Taquari, foram transferidos para unidades de Porto Alegre e de Lajeado na quarta-feira.

Nesta quinta-feira, outros dez pacientes de hemodiálise do Hospital de Candelária foram levados de helicóptero para prosseguir o tratamento em Santa Cruz do Sul. Ambos os municípios ficam no Vale do Rio Pardo.

Barragem rompida

A barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na região de serra do Rio Grande do Sul, rompeu parcialmente na tarde de quinta-feira, 2. O governo do estado pediu que moradores de cidades próximas deixassem a região e procurassem áreas mais altas.

“Nós recebemos a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho. O efeito não vai ser de uma devastação, enxurrada, mas vai ter o curso livre do Rio Taquari”, afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB) em vídeo divulgado nas redes sociais.

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O vice-governador, Gabriel Souza, afirmou que deve haver rompimento total da barragem. “Não é para esperar, não é para perguntar se é verdade, porque eu estou dizendo para vocês com a máxima gravidade: saiam de casa e subam pelo menos seis metros acima do rio. Realmente a situação é gravíssima, muito séria”, declarou.

A Defesa Civil orientou que moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixassem áreas de risco e procurassem abrigos públicos. “Estamos, juntamente com as forças de resposta, retirando as famílias de áreas de risco que ainda permaneciam nesses locais”, informou o órgão. Segundo Leite, as condições climáticas afetam o acesso de aeronaves de equipes de resgate.

A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura monitora outras doze barragens em estado de alerta, cinco delas já em processo de evacuação: barragem Santa Lúcia, em Putinga; barragem São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; barragem Belo Monte, em Eldorado do Sul; barragem Dal Bó, em Caxias do Sul; e barragem Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha.

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou na quinta o estado com uma comitiva de ministros e representantes da Defesa Civil e das Forças Armadas e determinou prioridade total do governo. “Tudo o que estiver no alcance do governo federal, seja através dos ministros, em parceria com a sociedade civil ou através dos nossos militares, vamos nos dedicar 24 horas por dia para que a gente possa atender as necessidades básicas do povo que está isolado”, disse o presidente.

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Em encontro com o presidente, o governador Eduardo Leite (PSDB) classificou o episódio uma tragédia sem precedentes. “Já é e será o pior desastre climático do nosso estado. O foco absoluto é no resgate das pessoas e em salvar vidas”, afirmou o governador.

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