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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
RS: a mobilização para resgatar milhares de animais em meio ao desastre
Cachorros, gatos e até cavalos ficaram ilhados após chuvas; só as Forças Armadas recolheram 5.200 bichos deixados durante a evacuação de áreas de risco
A catástrofe no Rio Grande do Sul destruiu cidades inteiras, matou 100 pessoas e obrigou mais de 160 mil pessoas a deixarem as suas casas. Em meio à evacuação das áreas de risco, um outro drama mobiliza o poder público e voluntários: os milhares de animais que foram deixados para trás.
Coordenada pelas Forças Armadas, a Operação Taquari 2 já resgatou mais de e 5.200 animais afetados por inundações. Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, na tarde de segunda-feira, 6, havia cerca de 600 animais nas estruturas emergenciais montadas para atendimento aos atingidos.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram cachorros, gatos e até cavalos ilhados devido às enchentes. ONGs de proteção animal também auxiliam nas buscas. O Grupo de Resposta a Animais em Desastre (Grad) informou que realizou cem resgates só na terça-feira.
Dois locais foram disponibilizados pelo município para atender exclusivamente os pets e abrigar aqueles que foram resgatados sem os tutores. Eles recebem alimentação e são avaliados com exames clínicos.
A Prefeitura de Porto Alegre também abriu cadastro para selecionar veterinários voluntários para atender os animais. “Precisamos dos veterinários para fazer o primeiro atendimento destes animais e também para alguma demanda mais específica ou urgente que possa ocorrer nos abrigos”, explica o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio, Richard Dias.
Nível do Guaíba
Após mais de uma semana de tensão em todo o Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas, alguma coisa começou a melhorar em meio ao caos vivido pelos gaúchos: o nível do Guaíba, em Porto Alegre, que chegou a superar o recorde histórico de 1941, baixou quinze centímetros em 24 horas. Nos últimos dias, parte significativa da cidade, incluindo o seu Centro Histórico, ficou intransitável em razão da subida das águas do lago. Segundo a prefeitura, a altura nesta quarta-feira é de 5,13 metros — o menor patamar desde sábado.
No estado, os temporais já deixaram 95 mortos, 128 desaparecidos e 158.992 desalojados ou desabrigados, conforme a última atualização da Defesa Civil estadual. Mais de 1,4 milhão foram afetadas em 414 municípios (no total, o estado tem 497) e ao menos 66.434 pessoas estão vivendo em abrigos.
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