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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Remadoras de projeto social da Marinha no Rio vão competir no Havaí

Dez atletas com idades entre 16 e 19 anos integram a delegação que se dividirá entre as provas Sub-16 e Sub-19 nos Estados Unidos

Por Bruno Caniato Atualizado em 13 Maio 2024, 20h15 - Publicado em 13 Maio 2024, 19h02
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  • Em 2024, o Campeonato Mundial de Canoa Havaiana terá entre os competidores duas equipes femininas de jovens e adolescentes treinadas pela Marinha do Brasil. Formadas pelo Programa Forças no Esporte (Profesp), do Ministério da Defesa, as atletas foram classificadas para o torneio, que ocorre entre os dias 13 e 24 de agosto no Havaí, após vencerem as provas nacionais realizadas no ano passado em Brasília.

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    Ao todo, dez meninas com idades entre 16 e 19 anos integram a delegação que se dividirá entre as provas Sub-16 e Sub-19 nos Estados Unidos. A canoa havaiana, também chamada de Va’a, vem ganhando popularidade nas costas brasileiras nos últimos anos e foi introduzida no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), complexo esportivo da Marinha no Rio de Janeiro, em 2022 — dois anos após as primeiras remadas, os treinadores do centro se orgulham de enviar as equipes para o Mundial.

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    Equipe feminina de Canoa Havaiana (Va'a) do Programa Forças do Esporte, da Marinha, durante competição estadual em Saquarema (RJ)
    Equipe feminina de Canoa Havaiana (Va’a) do Programa Forças do Esporte, da Marinha, durante competição estadual em Saquarema (RJ) (PROFESP/Divulgação)

    Para o responsável pelo Profesp no CEFAN, Comandante Fábio Montenegro, o esporte é uma experiência transformadora na vida dos participantes do projeto social. O centro esportivo está localizado na Penha, na Zona Norte do Rio, e recebe crianças e adolescentes vulneráveis de comunidades no entorno, como os Complexos da Maré, Alemão, Israel e Acari. “São alunos e alunas que vêm de um cenário onde a referência é o tráfico, e nós abrimos portas para mostrar que eles têm chances de desenvolvimento físico, mental e social e oferecer oportunidades de melhoria de vida”, explica.

    Conquista suada

    Com mais de oitocentos alunos entre dez e dezenove anos de idade e vinte modalidades esportivas, o Profesp tem recursos limitados e seus treinadores trabalham duro para transformar atletas amadores em competidores profissionais e levá-los para campeonatos em todo o Brasil. A participação dos times de canoa havaiana do CEFAN nas disputas estaduais e, posteriormente, no torneio nacional, só foi possível com doações para transporte – as equipes ficaram hospedadas em instalações cedidas pela Marinha.

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    Atletas de canoa havaiana do CEFAN que disputaram o Campeonato Nacional em Brasília, em 2023
    Atletas de canoa havaiana do CEFAN que disputaram o Campeonato Nacional em Brasília, em 2023 (Profesp/CEFAN/Divulgação)

    A prova nacional terminou com quatro equipes Sub-16 e Sub-19, duas masculinas e duas femininas, classificadas para o campeonato mundial. O próximo desafio foi a captação de recursos para garantir vistos, passagens e hospedagem dos atletas no Havaí. Após algumas negociações internas e uma parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, a verba foi suficiente para formar uma delegação de dez meninas que disputarão as provas nos Estados Unidos.

    Mesmo assim, ainda falta orçamento para custear todo o tempo de estadia das atletas em solo americano, incluindo alimentação e locomoção até o local das provas, que fica a 40 quilômetros de distância do local de hospedagem. Para isso, o CEFAN disponibiliza uma conta bancária para doações de qualquer pessoa que queira contribuir (veja ao final da reportagem) e busca patrocinadores para as equipes. “Quando nossos alunos mostram esforço e conseguem uma classificação, fazemos de tudo para que eles disputem pelo Brasil e pelo mundo”, declara Montenegro.

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    Esporte, educação e trabalho

    O Profesp é coordenado desde 2003 pelo Ministério da Defesa e, além do treinamento esportivo, tem como missão a integração dos alunos em situações vulneráveis à sociedade. Nos últimos anos, o programa vem firmando uma série de parcerias que garantem aos jovens o acesso à educação e oportunidades profissionais, além de cuidados com a saúde mental.

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    No Rio de Janeiro, o CEFAN realiza um projeto com a Federação das Indústrias do estado (Firjan) para oferecer cursos profissionalizantes em Tecnologia da Informação e Processamento de Dados, além de aulas preparatórias para concursos públicos. Os atletas têm, ainda, direito a sessões gratuitas de psicoterapia com consultórios especializados.

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    Para captar alunos, desde 2009, o centro conta com o apoio da Pastoral do Menor, organização ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que realiza ações sociais em comunidades carentes. A cooperação, segundo os responsáveis pelo centro, ajuda a alcançar espaços dominados pelo tráfico onde o acesso é difícil aos militares.

     

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