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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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PT rompe aliança com o grupo de Ciro e embaralha a eleição no Ceará

Em nota, partido do ex-governador Camilo Santana diz que ‘prevaleceu a arrogância’ em decisão do PDT de não apoiar a reeleição da governadora Izolda Cela

Por Da Redação 20 jul 2022, 06h00

O que se desenhava de forma tensa nos bastidores nas últimas semanas ganhou contornos concretos na terça-feira, 20: o PT, partido do ex-governador e candidato ao Senado, Camilo Santana, rompeu com o grupo do presidenciável Ciro Gomes (PDT) e lançou a eleição para o governo do Ceará no limbo na reta final da definição das coligações.

O motivo da divergência foi a decisão do PDT, tomada na segunda-feira, 19, pelo seu diretório estadual, de lançar a candidatura de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, para o governo do estado. O desfecho, por 55 votos a 29, contrariou o PT, que defendia o nome da governadora Izolda Cela (PDT), que sucedeu a Camilo Santana no governo do Ceará após o petista deixar o cargo em março para disputar o Senado.

Em nota, o diretório estadual do PT disse que “prevaleceu a arrogância, o capricho e a expressão de mando que subjugou os interesses dos cearenses à obsessão de poder de um só”.  “Esse veto materializou ainda o rompimento tácito e unilateral da aliança até então estabelecida”, diz trecho de resolução do PT divulgada após reunião na tarde de terça.

À noite, o próprio Camilo Santana se encontrou com lideranças dos partidos que o apoiam – PT, PP, MDB, PSDB, PCdoB e PV –, em uma reunião na qual, segundo o ex-governador, os dirigentes “se solidarizaram com a governadora Izolda Cela e anunciaram compromisso de seguir juntos na construção de um caminho comum para as eleições de 2022”.

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A questão agora é saber o que será feito. Uma possibilidade é o PT lançar candidato próprio ao governo. Outra é apoiar a candidatura do ex-presidente do Senado, Eunicio Oliveira (MDB), que tem a simpatia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que já se colocou à disposição para liderar a frente na disputa ao governo do estado.

O prazo é curto, uma vez que os partidos precisam fazer as suas convenções até o dia 5 de agosto, segundo o calendário legal fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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O racha ameaça a hegemonia da coalização de esquerda que governa o estado desde a vitória de Cid Gomes em 2006 – ele governou o estado por dois mandatos e foi sucedido por Camilo Santana, que apoiado pelo grupo de Ciro e Cid, administrou o Ceará por mais duas gestões.

Quem se beneficia, ao menos por ora, do racha governista é o deputado Wagner de Sousa Gomes, conhecido como Capitão Wagner (União Brasil), que lidera as pesquisas eleitorais e tem o apoio do eleitor de direita, especialmente do bolsonarismo no estado.

Ciro Gomes

O revés governista no Ceará acontece no momento em que Ciro Gomes lança, nesta quarta-feira, às 16h, em Brasília, a sua quarta candidatura à Presidência da República – leia matéria aqui. Em 2018, ele venceu no estado a disputa contra Jair Bolsonaro (então no PSL) e Fernando Haddad (PT) no primeiro turno da eleição presidencial.

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