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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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PSOL oficializa apoio a Lula nas eleições de outubro

Será a primeira eleição desde a fundação do partido, a partir de uma dissidência do PT, em que não haverá candidato psolista à Presidência

Por Redação
Atualizado em 30 abr 2022, 14h32 - Publicado em 30 abr 2022, 14h24
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  • O diretório nacional do PSOL aprovou neste sábado, 30, por 35 votos a 25, o apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro. Será a primeira vez, desde sua fundação em 2004, a partir de uma dissidência do PT, que o partido de esquerda não terá candidato à Presidência da República.

    “A união da esquerda em torno da candidatura de Lula é sem dúvida a melhor tática para derrotar Bolsonaro. Estamos felizes e esperançosos com essa decisão. Na semana que vem já iniciaremos as conversas para participar do conselho político da campanha e da  coordenação do programa de governo”, diz o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

    Segundo o dirigente psolista, o próximo passo do partido será dialogar com a Rede Sustentabilidade, com a qual o partido fechou uma federação partidária, para que ingressem formalmente na coligação encabeçada pelo PT.

    A decisão histórica não foi aprovada sem choro e ranger de dentes, como mostrou a diferença de apenas dez votos no diretório. Embora a direção nacional, encabeçada por Juliano Medeiros, tenha sinalizado o apoio a Lula, uma corrente minoritária no partido queria lançar a candidatura do deputado federal Glauber Braga (RJ) à Presidência. Há ainda muitas críticas na legenda à escolha do ex-governador tucano Geraldo Alckmin (PSB) para ser o vice de Lula.

    Também havia divergências sobre a decisão de Guilherme Boulos, presidenciável da sigla em 2018 e segundo colocado na eleição à Prefeitura de São Paulo em 2020, de desistir da candidatura ao governo paulista em favor de Fernando Haddad (PT). O grupo dissidente chegou a lançar o nome da vereadora Mariana Conti, de Campinas, e esse tema também deve incendiar o encontro.

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    A adesão a Lula passa pela imposição de vários pontos programáticos dos quais o PSOL diz não abrir mão. Uma lista com doze propostas iniciais já foi elaborada, e inclui a revogação das reformas da Previdência e trabalhista, o fim do teto de gastos, a “retomada do controle público da Petrobras” e o “controle social sobre os monopólios da grande mídia”. Boa parte delas já foi aceita pelo PT.

    Frente de esquerda

    Por causa do encontro do PSOL, o PT decidiu adiar para 7 de maio o lançamento da candidatura de Lula, que estava previsto inicialmente para este sábado. E não é para menos: a adesão do PSOL fará com que Lula feche uma frente com todos os principais partidos de esquerda.

    O petista já tem o apoio do PSB – que indicou o vice Alckmin – e do PV e do PCdoB, com quem formou federação. Na quarta-feira, 27, recebeu o apoio formal da Rede, numa articulação conduzida pelo senador Randolfe Rodrigues (AP), que terá papel importante na campanha de Lula.

    A adesão em massa das siglas de esquerda a Lula deixou descontentes não só no PSOL. Na Rede, a ex-senadora Heloísa Helena, ex-petista, se recusa a apoiar Lula e já anunciou ser simpática a Ciro Gomes (PDT). A ex-ministra e também ex-senadora Marina Silva, outra ex-petista, mantém uma indefinição, mas faz críticas ao petista, de cujo governo saiu descontente em maio de 2008 – ela era ministra do Meio Ambiente.

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