Prefeito de Porto Alegre pede racionamento de água à população
Tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 57 mortos, 67 desaparecidos e mais de 422 mil afetados
![O prefeito de POAB, Sebastião Melo (dir.) e o diretor do Departamento Municipal de Águas, Mauricio Loss (esq.), durante entrevista coletiva neste sábado, 4](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/05/Sebastiao-Melo-e-Marcelo-Loss.jpeg?quality=90&strip=info&w=375&h=250&crop=1)
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu à população da capital gaúcha que racione o consumo de água nas suas casas devido à situação de calamidade na região. Por causa das enchentes que já tomaram 300 cidades no entorno do Vale do Guaíba, quatro das seis estações de tratamento de água que abastecem a cidade não estão funcionando.
O apelo foi feito durante uma entrevista coletiva do emedebista, que depois reforçou o recado nas suas redes sociais. “O abastecimento de água também é uma preocupação, pois quatro das seis estações de tratamento do Departamento Municipal de Águas e Esgoto (DMAE) estão fora de operação em razão da enchente. Por isso, apelamos à população que faça uso consciente da água, porque teremos problemas de abastecimento enquanto os alagamentos não baixarem”, escreveu Melo no X (antigo Twitter).
De acordo com o DMAE, estão paradas as estações de tratamento de Ilhas (zona norte), Moinhos de Vento (zona norte), São João (centro) e Tristeza (zona sul). As outras duas — Menino Deus e Belém Novo — funcionam já com dificuldades. O diretor do Departamento, Mauricio Loss, disse na coletiva deste sábado que a condição da estação de Ilhas é a mais dramática, porque as águas da enchente arrastaram parte da estrutura, que terá que ser refeita.
💧Pedimos que a população economize água. 4 estações de tratamento estão paradas: Ilhas, Moinhos de Vento, São João e Tristeza.
As que estão em funcionamento encontram dificuldades no tratamento, devido a alta turbidez da água, são elas: Menino Deus e Belém Novo.
Sem previsão!
— Dmae POA (@dmaepoa) May 4, 2024
Segundo o órgão, ainda não há previsão de quando o abastecimento vai ser normalizado.
Dados da tragédia
De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul neste sábado, 4, até o momento 57 pessoas morreram na tragédia. Ainda há 67 desaparecidos. O número de desabrigados atingiu 32.640 pessoas e a estimativa do órgão é que 422.302 pessoas já foram afetadas. O governador, Eduardo Leite (PSDB), disse que a tendência é que, com o avançar das equipes de socorro, essas estatísticas aumentem nos próximos dias. Ao menos neste sábado, a previsão é de que as chuvas continuem.
A Defesa tamém fez um apelo para que civis não usem drones (equipamentos aéreos que fazem registro de imagem) para sobrevoar os locais afetados. Eles atrapalhariam o fluxo das aeronaves as forças de segurança que socorrem os alagamentos.