Por unanimidade, PL oficializa Marinho para enfrentar Pacheco no Senado
Anúncio foi feito por líder do partido no Senado, Carlos Portinho, em coletiva no fim da manhã desta quarta-feira
O PL divulgou na manhã desta quarta-feira, 7, que o senador eleito e ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL-RN), foi escolhido pelo partido de Jair Bolsonaro para concorrer à Presidência do Senado Federal no biênio de 2023 e 2024. O anúncio foi feito através de entrevista coletiva dada no fim da manhã por Marinho, que estava acompanhado dos senadores Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo na Casa, Flavio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC).
O partido terá a partir de 2023 a maior bancada da Casa com 14 dos 81 senadores. “Os 14 senadores entenderam que o PL deve ter candidato a presidência do Senado, e me coube a honra de ser o escolhido”, disse Marinho.
“Temos uma enorme responsabilidade num momento extremamente tenso, que pede um Parlamento independente. A missão será restabelecer a normalidade democrática e a liberdade de opinião, sobretudo no que diz respeito à inviolabilidade dos mandatos dos parlamentares”, afirmou o candidato. “Ao mesmo tempo, vamos defender o legado de transformação substancial na economia brasileira que se deu nos últimos seis anos que se deram nos últimos seis anos e trouxe crescimento robusto da economia que se refletiu na sociedade”.
O pleito deve acontecer em fevereiro de 2023, após a tomada de posse dos senadores. Marinho deve enfrentar o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ao que tudo indica concorrerá com o apoio do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
A partir da posse do terço de senadores eleitos na última eleição, o PL terá a maior bancada do Senado, com 15 representantes — os 14 eleitos mais Chico Rodrigues (RR), atualmente no União Brasil, mas que irá se filiar à legenda de Bolsonaro (ele inclusive assinou a carta de aclamação à candidatura de Marinho). No entanto, precisará conquistar votos entre outras legendas se quiser vencer a eleição. O próximo presidente do Senado só será considerado eleito se obtiver os votos de pelo menos 41 parlamentares.
Durante a entrevista, Marinho disse que se reunirá nas próximas semanas com outros partidos para negociar apoio à sua candidatura. O senador eleito disse que espera reciprocidade do PP, que conta com seis parlamentares, já que o PL apoia a candidatura de Arthur Lira à Presidência da Câmara.
Apesar de deixar claro que uma de suas prioridades como presidente será defender a “inviolabilidade do mandato parlamentar”, em recado ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que tem adotado punições contra deputados bolsonaristas que atacam a democracia, Marinho defendeu uma relação de respeito ao Supremo Tribunal Federal, ao processo eleitoral e ao presidente da República eleito.
“Nossa candidatura não é uma vingança. Vamos nos comportar com lealdade à Constituição e esperamos que os outros poderes também o façam. O Brasil precisa de normalidade democrática e tratarei, caso eleito, todos com civilidade. O STF merece respeito”, disse Marinho.
“O que motivou a nossa candidatura é que o Senado, na omissão do presidente Rodrigo Pacheco, deixou de defender as prerrogativas parlamentares mais sagradas. Temos que dar um retorno para as pessoas que não concordam com os rumos do país”, completou Flavio Bolsonaro.