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Por que os jovens brasileiros ainda relutam em tirar o título de eleitor

Número de eleitores de 16 e 17 anos é o mais baixo desde a redemocratização do país

Por Leonardo Lellis Atualizado em 30 mar 2022, 15h06 - Publicado em 30 mar 2022, 15h05
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  • Ricardo Nunes e Wilson Pedroso
    Os músicos Emicida e Criolo fazem campanha para estimular o voto de eleitor jovem em apresentação no festival Lollapalooza, em São Paulo (Mauricio Santana/Getty Images)

    Com o registro do menor contingente de eleitores de 16 e 17 anos aptos a votar até fevereiro deste ano, artistas e celebridades entraram em campo para reforçar uma campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para incentivar o alistamento dessa faixa etária e quebrar resistências deste público à política tradicional. Segundo dados publicados pela Corte, até o mês passado havia 834 mil pessoas com 16 e 17 anos com o título de eleitor — apenas 0,56% do total do eleitorado. O número é o menor desde a redemocratização.

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    O desinteresse dessa faixa etária pela participação na vida democrática é explicado, em alguma medida, pela desconfiança desse público nas instituições políticas tradicionais. É o que mostra uma pesquisa da ONG Luminate Group, que fez um levantamento qualitativo entre jovens do Brasil, da Argentina, México e Colômbia.

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    “A descrença e a desconfiança profundas que os jovens têm nas instituições das democracias realmente existentes não significam, necessariamente, falta de adesão ou de comprometimento com os valores democráticos”, aponta o estudo, que ainda alerta para a importância de se ampliar a noção política para além das instâncias tradicionais, como partidos políticos.

    No caso brasileiro, a pesquisa indica o peso das redes sociais no processo de politização — algo que escalou alguns degraus de importância no engajamento de celebridades como a cantora Anitta e a ex-BBB Juliette Freire na campanha para incentivar o alistamento eleitoral. 

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    “Vários entrevistados afirmaram ter começado a ganhar consciência política, ao verem comentários nas redes de pessoas que seguiam ou de influenciadores de quem gostavam e com os quais concordavam. Tal processo também podia ser desencadeado por comentários com os quais estavam em desacordo, o que fazia com que começassem a pensar sobre agendas nas quais nunca tinham pensado.”

    Para além das desconfianças do jovem nas instituições políticas tradicionais, a pesquisa mostra que a polarização também ajuda a explicar a queda do interesse dos jovens pela política. “Essa divisão familiar provocada pelo contexto político brasileiro atual também contribui para que os entrevistados, em geral, percebam a política como uma forma constante de enfrentamento e divisão, já que em seus próprios lares a política é experimentada dessa forma, e as redes sociais também figuram como espaços de briga politica constante e agressividade permanente”, aponta.

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    Uma nova abordagem é também considerada fundamental para ampliar a participação. “O que nós jovens sentimos é a necessidade de uma mudança de tom ao chamado pelo voto: nós estamos atentos e mobilizados e o que nos move a tirar o título é entender nosso poder, não a cobrança de que carregamos o peso dos rumos de todo um país. Nós somos protagonistas e queremos que as outras gerações caminhem conosco em nossa formação política, não que assumam que não temos interesse ou não entendemos a importância do voto”, explica Helena Branco, da Girl Up Brasil, organização que criou a campanha #SeuVotoImporta.

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