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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Nunca houve tão poucos jovens dispostos a dar o seu primeiro voto

Desde a redemocratização, nunca número de eleitores de 16 e 17 foi tão baixo; polarização e desconfiança com a política ajudam a entender fenômeno

Por Leonardo Lellis 28 mar 2022, 16h28

Nunca houve tão poucos jovens querendo estrear o seu direito de votar, garantido pela Constituição de 1988. Segundo dados publicados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até fevereiro havia 834 mil pessoas nessa faixa etária com o título de eleitor — apenas 0,56% do total do eleitorado, o menor desde que o país retomou as eleições diretas para presidente, em 1989.

Para tentar reverter a situação nessa faixa etária, em que o voto não é obrigatório, o TSE lançou uma campanha para estimular a filiação, que até agora atraiu 96 mil novos eleitores.

O tribunal ganhou o reforço de celebridades. “Me pediu foto quando me encontrou em algum lugar? Se for maior de 16 eu só tiro a foto se tiver foto do título de eleitor”, tuitou a cantora Anitta. Os ex-BBBs Juliette Freire e Gil do Vigor, as atrizes Giovanna Ewbank e Bruna Marquezine e o sambista Zeca Pagodinho engrossaram o coro. Ao subir ao palco do Lollapalooza, o rapper Criolo trajava uma camiseta com uma urna eletrônica e a mensagem “vote”. A expressão “tire o título” chegou a ficar entre os mais comentados do Twitter.

O apoio veio até de Hollywood. Ao retuitar uma publicação de Anitta, o ator Mark Rufallo destacou o potencial que têm os eleitores jovens. “Em 2020, os americanos só derrotaram Donald Trump porque os eleitores recordes usaram seus direitos democráticos, especialmente os jovens. Para derrotar Bolsonaro, brasileiros de 16 e 17 anos devem se registrar para votar nas próximas eleições”, escreveu o astro, que interpreta Hulk na franquia Vingadores.

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Reação

Por verem uma tendência mais à esquerda — ou de oposição ao presidente Jair Bolsonaro — dos principais artistas que estão engajados na campanha, os apoiadores do presidente reagiram com a hashtag #SouJovemSouBolsonaro. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) começou uma campanha para mobilizar os idosos. Assim como acontece para eleitores de 16 e 17 anos, o voto não é obrigatório para maiores de 70.

De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 25 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma vantagem maior sobre Bolsonaro no público jovem. O petista salta de 43% das intenções de voto na população em geral para 51% no público entre 16 e 24 anos. Já Bolsonaro passa de 26% para 22% nesta estratificação. A rejeição ao presidente também é maior entre os mais jovens: passa de 55% para 62% nesta faixa etária.

Como tirar o título

Não é preciso comparecer a um cartório eleitoral para emitir título de eleitor e tudo pode ser feito de casa, com o celular, na plataforma Título Net. É preciso apresentar fotos de um comprovante de residência atualizado, documento de identificação oficial com foto e, no caso de homens maiores de 18 anos, certificado militar. Uma vez concluído o processo, o título e as informações do local de votação ficam disponíveis no aplicativo de celular da Justiça Eleitoral. O prazo termina no dia 4 de maio.

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