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Os novos tiros do Bradesco contra a Americanas, em pedido a Moraes

Um dos maiores credores da varejista, banco usa termos duros ao pedir reconsideração de decisão que suspendeu coleta de e-mails da Americanas

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2023, 13h53 - Publicado em 17 fev 2023, 13h43

O Bradesco pediu nesta sexta-feira, 17, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a revisão da decisão em que ele determinou que seja suspensa a coleta de e-mails de diretores e integrantes dos conselhos de administração e auditoria das Lojas Americanas nos últimos dez anos. Credor de 4,8 bilhões de reais da Americanas, que passa por uma grave crise diante da revelação de um rombo bilionário em seu caixa, o Bradesco havia conseguido na Justiça de São Paulo que as caixas de e-mails fossem apreendidas, para apurar responsabilidades sobre as “inconsistências contábeis” de mais 20 bilhões de reais na companhia.

Advogados da varejista acionaram o STF por meio de uma reclamação, argumentando que o material a ser alvo da busca e apreensão poderia incluir comunicações entre a empresa e seus defensores, o que violaria a prerrogativa constitucional de sigilo neste tipo de interação.

Ao pedir a reconsideração a Moraes, o banco usa termos duros para se referir ao pedido da varejista ao Supremo, que acabou atendido pelo ministro nesta quinta, 16. Para o Bradesco, as alegações da defesa da Americanas não passam de “vil oportunismo”, “cínico argumento” e tentativa de “criar uma mesquinha cortina de fumaça” que impeça as investigações iniciadas a pedido do banco, que também classifica o estado da Americanas como “quase falimentar”.

O Bradesco pede a Moraes que sejam preservados da coleta dos e-mails apenas mensagens trocadas entre executivos da Americanas e os advogados da empresa, e que o restante do material possa efetivamente ser apreendido.

“Para descortinar de uma vez por todas o vil oportunismo que marca os pedidos dos reclamantes, é necessário principiar esta reclamação esclarecendo que nem o Bradesco, nem os outros credores que litigam com a Americanas, nem ninguém jamais teve qualquer interesse em acessar os e-mails trocados entre os reclamantes e os executivos da sua cliente, seja para ter acesso às “estratégias processuais”, aos “inúmeros e-mails trocados pelos advogados e o Grupo Americanas”, ou para o que for”, diz a defesa do Bradesco.

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O banco ainda afirma que a varejista tenta “proteger seus administradores”, “sobretudo os seus abastados controladores”, em referência ao trio Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, acionistas de referência da Americanas, “do inexorável destino que lhes aguarda a todos, com a propositura de inúmeras ações de responsabilidade por todos os credores que sofreram com a fraude contábil que esses agentes praticaram na companhia”.

“A Americanas pode não ter coragem de dizê-lo, mas está claro que o que ela quer, mesmo, é usar o fato de haver e-mails trocados com os seus advogados, nas mensagens apreendidas por ordem do MM. Juízo da 2ª Vara Empresarial da 1ª RAJ de São Paulo, para com isso criar uma mesquinha cortina de fumaça que de alguma forma lhe permita interromper as investigações iniciadas a pedido do Bradesco, no seio da companhia”.

O Bradesco também diz que os advogados da Americanas prepararam uma “armadilha” a Alexandre de Moraes e “contaram uma meia história” ao STF porque em nenhum momento a varejista pediu à Justiça paulista que e-mails trocados com a defesa fossem preservados da coleta das caixas de mensagens.

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