Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O tamanho do atraso dos investimentos em infraestrutura no Brasil

Enquanto o governo Lula sinaliza retomar ideias como trem-bala e PAC, país convive com gargalos urgentes e com o menor patamar de investimento da história

Por Da Redação
5 mar 2023, 08h35

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressuscitou a ideia de um trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, prometido desde 2004, e está preparando a volta do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que projetou a ex-presidente Dilma Rousseff nacionalmente, mas acabou virando alvo de várias investigações por suspeitas de desvios. As iniciativas aparecem em um momento em que o país registra o menor patamar de investimentos em infraestrutura da história, mas são vistas com ressalvas por especialistas.

Em 2021 (dado mais recente disponível), o total de investimentos em infraestrutura correspondeu a apenas 1,57% do PIB (134 bilhões de reais), o menor nível da série histórica organizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Nos últimos vinte anos, o Brasil investiu nessa área, em média, aproximadamente 2% do PIB por ano, menos da metade do que a entidade considera necessário para superar os gargalos existentes (ao menos 4,2% ao ano).

A defasagem de investimentos é maior na área de transportes do que nas de saneamento e energia, por exemplo. Para se ter uma ideia do problema, o montante investido no modal rodoviário tem sido insuficiente para compensar a própria depreciação dos ativos existentes. Ou seja, na prática, o investimento líquido em rodovias tem sido negativo. Um dos resultados disso é que o custo logístico compromete, em média, 12,5% do faturamento das empresas brasileiras, de acordo com Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.

Em comparação, as maiores economias do mundo, como Estados Unidos, China e Índia, destinaram anualmente para a infraestrutura, no mínimo, 4,5% de seu PIB ao longo das últimas três décadas, segundo o especialista.

Nesse cenário, tanto o pesquisador como a CNI apontam que as prioridades para a melhoria da infraestrutura brasileira devem passar necessariamente pela área de transportes. De um lado, é preciso diversificar a matriz, hoje muito dependente do modal rodoviário. De outro, é necessário buscar alternativas para atrair investimentos privados para os trechos de rodovias que não comportam os pedágios tradicionais devido à baixa demanda de veículos. Portanto, é preciso fazer o básico. “Vejo com certa preocupação o governo falar em novas obras, como o trem de alta velocidade. Ele deveria olhar o portfólio já conhecido como uma prioridade e terminar o que está projetado”, afirma Resende.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.