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Por José Benedito da Silva
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O silêncio petista nas redes sociais diante da absolvição de Moro no TSE

Presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, que sonhava em ocupar a vaga do ex-juiz no Senado, não comentou a decisão unânime em favor do desafeto

Por Isabella Alonso Panho Atualizado em 22 Maio 2024, 16h50 - Publicado em 22 Maio 2024, 15h06

Nas redes sociais das principais lideranças do Partido dos Trabalhadores, impera um “silêncio ensurdecedor” até a tarde desta quarta-feira, 22, sobre a absolvição do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite da terça-feira, 21. O ex-juiz federal da Operação Lava-Jato, que colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atrás das grades em 2018 e condenou outras lideranças da sigla, ganhou, por unanimidade, dois recursos em que era acusado de abuso do poder econômico na campanha de 2022.

O dia de ontem foi movimentado na Justiça e teve outras decisões significativas pró-PT e contra a Lava-Jato. Um dos fundadores e líderes históricos da legenda o ex-ministro José Dirceu, teve extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) um processo em que era acusado de corrupção em um caso envolvendo a Petrobras, também na Lava-Jato. Já o ministro Dias Toffoli anulou todas as decisões da Lava-Jato contra o empreiteiro Marcelo Odebrecht, um dos alvos mais importantes de toda a operação.

Os petistas comemoraram a decisão envolvendo Dirceu, mas se mantiveram calados em relação à sentença relativa a Moro, um dos principais inimigos da legenda. O silêncio mais notado nas redes sociais foi o da presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Natural do Paraná, ela sonhava — e até se movimentada para isso — com a vaga de senador pelo estado que abriria com a cassação do mandato de Moro. Em junho de 2023, quando as ações de investigação judicial eleitoral contra Moro propostas pelo PT e pelo PL estavam na fase de produção de provas, a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, chegou a publicar nas suas redes sociais uma foto ao lado de Gleisi, chamando-a de “futura senadora”.

A presidente do PT manifestou-se apenas rapidamente ao ser questionada pela CNN Brasil sobre o episódio. “Moro teve o que nunca permitiu a Lula: o direito de defesa e o devido processo legal. E a decisão de ontem não anula seus crimes na Lava Jato”, afirmou à emissora. No X, no entanto, onde tem mais de 1,2 milhão de seguidores, ela nada comentou. Também não há nenhuma referência à absolvição de Moro nas contas oficiais do PT nas redes sociais e no site do partido. Lula, que foi preso por decisão de Moro e que ficou 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, em razão de condenação em processo da Lava-Jato — e que já colocou Moro várias vezes na condição de seu inimigo político –, não fez até agora qualquer comentário sobre a absolvição do ex-juiz.

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À esquerda, uma rara manifestação sobre a absolvição de Moro veio de um filiado ao PSB, Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça na época em que o Ministério da Justiça era comandado por Flávio Dino, agora ministro do STF. “Foi um voto técnico, fundamentado e imparcial. Exatamente o oposto das decisões do ex – juiz Sergio Moro”, escreveu nas redes sociais, cutucando o antigo desafeto desde os tempos da Lava-Jato — advogado criminalista, ele atuou em processos envolvendo a operação.

 

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