Com quase 760 milhões de reais do Fundo Especial de Financiamento de Campanha aportados em seus cofres nesta semana, o União Brasil começa a delinear suas prioridades nas campanhas de 2022, a primeira eleição pela qual o partido mais rico do Brasil passará após nascer da fusão entre DEM e PSL.
Candidato ao Senado pelo Paraná, o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro está, ao menos por ora, entre as maiores prioridades financeiras do União. O partido destinou, na quarta-feira 17, nada menos que 2,2 milhões de reais à campanha de Moro, valor que corresponde à metade do limite de gastos para o cargo de senador, de 4,4 milhões de reais.
O montante despendido ao ex-ministro só não é maior que os 3,5 milhões de reais destinados à campanha do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, cacique do partido, ao governo da Bahia; e os 2,3 milhões de reais repassados tanto à campanha do deputado Capitão Wagner ao governo do Ceará quanto à do prefeito Miguel Coelho ao governo de Pernambuco.
Moro recebeu mais dinheiro que outros próceres do União Brasil que também disputarão o Senado, como o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre, que busca a reeleição no Amapá e levou 1,5 milhão de reais, e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, a cuja campanha no Mato Grosso do Sul foram destinados 635.319 reais. A mulher de Sergio Moro, Rosangela Moro, candidata a deputada federal por São Paulo, recebeu 700.000 reais.