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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O clima no Republicanos e no PL com iminente mudança de Tarcísio

Ex-presidente Jair Bolsonaro tem tentado convencer governador de São Paulo a trocar de sigla

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 mar 2024, 10h48

Cortejado por Jair Bolsonaro para migrar ao Partido Liberal (PL), o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas deve deixar em breve o Republicanos, afirmam aliados.

Até mesmo dentro da legenda, o clima já é de resignação. “É uma questão de tempo. Ele só não foi antes por uma questão com o Valdemar [Costa Neto, presidente do PL]. Mas pelo Bolsonaro, ele já teria ido”, diz um correligionário.

A “bronca” do cacique do PL com Tarcísio vem do governo Dilma. Em 2011, Valdemar atribuiu a Tarcísio a origem das denúncias que atingiram a ele e ao seu partido, envolvido em suspeitas de corrupção no Ministério dos Transportes e que motivou uma “faxina” na pasta. Tarcísio, um então desconhecido auditor da Controladoria-Geral da União, foi indicado pela petista para o cargo de diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) — uma sinalização de que a autarquia estaria sob intervenção após uma série de denúncias.

Os tempos agora são outros. Num cenário em que é praticamente impossível dissociar o PL de Bolsonaro, as vontades do capitão são consideradas — sobretudo em ano eleitoral. Também é levado em consideração o futuro político da legenda e do próprio bolsonarismo. Com o ex-presidente inelegível até 2030, a corrida presidencial em 2026 será disputada por um “herdeiro” indicado por Bolsonaro — e, na bolsa de apostas, Tarcísio é o nome que desponta como o preferido do ex-presidente e do eleitorado.

Segundo as regras da Justiça Eleitoral, por ocupar um cargo majoritário, Tarcísio pode deixar o Republicanos quando bem entender, sem incorrer em infidelidade partidária e, logo, sem correr o risco de perder o mandato. O movimento, no entanto, tem sido cozinhado a fogo baixo.

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No dia do ato na Avenida Paulista, Bolsonaro hospedou-se no Palácio dos Bandeirantes, a convite do governador. Tarcísio discursou no trio elétrico — o único dos governadores presentes a falar à multidão –, declarando que ele e o ex-presidente estarão “sempre juntos”. Na semana seguinte, Bolsonaro, que não esconde de ninguém que quer o pupilo no PL, disse que a negociação “Não está 100%, está só 90%, mas está indo muito bem”. “Os pedidos do Bolsonaro tocam lá no fundo do meu coração”, respondeu o governador.

No Republicanos, a saída tida como certa obviamente não foi comemorada, mas está longe de ser vista como um grande revés à legenda.

Isso porque, em primeiro lugar, o partido presidido por Marcos Pereira está preocupado com eleições municipais: o plano é ampliar a capilaridade nacional e eleger 300 prefeitos e 3.000 vereadores. Em segundo, integrantes da legenda avaliam que a saída de Tarcísio pode ajudar na candidatura do cacique do Republicanos à presidência da Câmara. Com o fim do mandato de Arthur Lira (PP-AL), há hoje três nomes principais na futura disputa: Elmar Nascimento (União-BA), aliado de Lira, Antonio Brito (PSD-MA), da base governista, e Marcos Pereira, que não está nem em um polo e nem no outro.

Apesar de ter sido contemplado no ano passado com o ministério dos Portos e Aeroportos, em um movimento do governo para melhorar a articulação, o Republicanos declarou que permaneceria independente. A “separação” da legenda da figura de Tarcísio, dessa forma, poderia ser um ativo na simpatia de Lula — e sua base aliada — pela candidatura de Pereira.

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