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Moro: ‘Eu não desisti de nada e não serei candidato a deputado federal’

Em evento em São Paulo, o ex-juiz nega que saída do Podemos para o União Brasil signifique desistência da corrida ao Planalto

Por Bruno Ribeiro Atualizado em 1 abr 2022, 19h14 - Publicado em 1 abr 2022, 17h27

O ex-juiz Sergio Moro disse na tarde desta sexta-feira, 1º, que não desistiu de ser candidato à Presidência da República ao trocar o Podemos pelo União Brasil no dia anterior e que não vai concorrer ao cargo de deputado federal nas eleições deste ano. As declarações foram dadas em um hotel em São Paulo, reservado para que ele fizesse o pronunciamento a jornalistas – ele saiu sem responder às perguntas.

“Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada. Muito menos de meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário. Sigo firme na construção de um projeto para o país”, afirmou.

Também negou que vai tentar qualquer candidatura, apenas para garantir foro privilegiado. “Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou ministro da Justiça. Também não tenho necessidade de foro privilegiado ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal”, disse.

Moro afirmou que um projeto presidencial precisa ser construído por diversos grupos distintos ao justificar sua mudança de partido. Ele trocou o Podemos pelo União Brasil ontem. “(Esse projeto) não pode ser um projeto individual. Precisamos, com urgência, da união do centro democrático contra os extremos. Hoje, no Brasil, quem lidera a formação desse polo político é Luciano Bivar, presidente do União Brasil, dialogando com as demais forças políticas de centro”, afirmou.

Moro disse que se filiou ao União Brasil “com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático, exigência para derrotar o populismo e o radicalismo que ameaçam a nação”. “Meu movimento político exigiu desprendimento e humildade. Não foi a escolha de um atalho fácil, mas de um caminho longo e árduo. Mas, reafirmo: sinto-me agora mais fortalecido, ao lado de grandes forças políticas, para avançar em minha pretensão, sabendo que ela fará parte de uma construção coletiva”, continuou.

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Moro disse ainda que sua mudança de partido foi um “gesto de humildade” na direção da construção de uma candidatura de consenso alternativa a Lula e Jair Bolsonaro, e convocou outros nomes da terceira via para que fizessem o mesmo. “Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático. Não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país. Precisamos de outros atos de desprendimento, de Luiz Felipe D’Ávila, João Doria, Eduardo Leite, Simone Tebet, André Janones, e de lideranças partidárias, para fazer prosperar essa articulação democrática”, declarou.

A equipe de Moro presente no evento confirmou que o ex-juiz se encontrará neste sábado, em São Paulo, com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), mas não informou qual será o tema da conversa. Leite tenta se viabilizar como candidato do PSDB para a Presidência, mesmo o gaúcho tendo perdido as prévias da legenda para Doria, que deixou o Palácio dos Bandeirantes ontem.

Rejeição

A pretensão de Moro de manter uma candidatura presidencial, no entanto, esbarra na rejeição de boa parte do próprio União Brasil. Logo após a sua filiação ao partido, parte significativa da cúpula da legenda assinou uma nota na qual diz que o ingresso do ex-juiz “não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”.

“Caso seja do interesse de Moro construir uma candidatura em São Paulo pela legenda, o ex-ministro será muito bem-vindo. Mas, neste momento, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido”, diz a nota, assinada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, secretário-geral do União Brasil, e outros sete dirigentes da sigla.

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