Assine VEJA por R$2,00/semana
Maquiavel Por José Benedito da Silva A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Ministério da Saúde chama bolsonaristas e juíza de SC para debater aborto

Convidada pela pasta, a magistrada Joana Ribeiro Zimmer, que tentou proibir a interrupção legal da gravidez de uma menina de 11 anos, não compareceu

Por Da Redação Atualizado em 28 jun 2022, 17h54 - Publicado em 28 jun 2022, 12h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Ministério da Saúde promove na manhã desta terça-feira, 28, uma audiência pública para discutir o Manual para Prevenção, Avaliação e Conduta nos Casos de Abortamento. Na prática, o documento dificulta o direito ao aborto legal. Uma das convidadas pela pasta é a juíza Joana Ribeiro Zimmer, que tentou proibir o procedimento para uma menina de 11 anos, vítima de estupro em Santa Catarina.

    Publicidade

    A magistrada perguntou a criança durante uma audiência se ela “aguentaria ficar mais um pouquinho” e se queria escolher o nome do bebê. Apesar de ter o nome confirmado e divulgado pela Saúde, a juíza não compareceu ao evento da pasta.

    Publicidade

    Parlamentares bolsonaristas também foram convidados a falar no evento. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB-SP) e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pregaram contra o direito ao aborto e defenderam o manual divulgado pelo ministério. A deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ), da Frente Parlamentar Mista Contra o Aborto e em Defesa da Vida, também está na lista. 

    Também participam da audiência o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Filho e Valerie Huber, do Instituto para Saúde Feminina dos Estados Unidos e conselheira do ex-presidente Donald Trump. A lista de militantes contra o aborto no evento é grande – incluindo vários homens.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    A cartilha do Ministério da Saúde diz que “não existe aborto legal” e que o procedimento é crime. “O que existe é aborto com excludente de ilicitude”, afirma o documento. O manual ignora a legislação brasileira, que autoriza a interrupção da gravidez em casos de estupro ou risco de vida da mãe, sem necessidade de autorização da Justiça. Na prática, as recomendações da pasta podem ser utilizadas por equipes de saúde como pretexto para negar às mulheres o direito ao aborto, além de abrir espaço para investigação policial dos casos. 

    No evento, há outros convidados fora do espectro bolsonarista e antiaborto, como representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Federal de Medicina, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e do Hospital Pérola Byington, referência para casos de aborto legal. 

    Publicidade

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.