Metroviários aprovam greve em SP e miram privatizações de Tarcísio
Sindicato anuncia paralisação com trabalhadores da Sabesp e da companhia de trens da CPTM, que o governador também deseja transferir à iniciativa privada
Os metroviários de São Paulo aprovaram greve no Metrô para esta terça-feira, 3, em um movimento que mira a política de privatizações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A paralisação, se for levada a cabo, deve afetar as linhas hoje administradas pelo estado, como a norte-sul (linha-1-azul) e leste-oeste (linha 3-vermelha).
O Sindicato dos Metroviários, que é presidido por Camila Lisboa, ligada ao PSOL, anunciou a adesão também de outras duas categorias: as dos trabalhadores da Sabesp e da companhia de trens CPTM, duas empresas que Tarcísio também pretende repassar à iniciativa privada.
“Nós estamos dispostos a liberar as catracas em vez de fazer a greve, já anunciamos isso para o governador, já colocamos isso no recurso à Justiça. Se o governador topar, a gente libera as catracas. Com isso, a gente preserva o nosso direito de se manifestar contra as privatizações”, disse Camila Lisboa em suas redes sociais.
Em nota oficial, Tarcísio disse que ele e os presidentes do Metrô, da CPTM e da Sabesp irão fazer um pronunciamento às 7h desta terça-feira, no Palácio dos Bandeirantes, sobre a greve dos servidores das três companhias. “O governador também vai detalhar as medidas de contingência para minimizar ao máximo o impacto no transporte sobre trilhos e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital”, diz a nota.