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Menções à proxalutamida explodiram nas redes com apoio de Bolsonaro

Quase um terço das citações em um ano foram feitas após presidente defender o tratamento da Covid-19 com uso da droga, mesmo sem comprovação científica

Por Camila Nascimento Atualizado em 21 jul 2021, 10h19 - Publicado em 21 jul 2021, 08h54
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  • Na busca por algum elixir milagroso contra a Covid-19, Jair Bolsonaro tem voltado agora sua atenção para a proxalutamida, tratada por ele como uma espécie de “nova cloroquina”. No dia 18 de julho, por exemplo, após receber alta na sua recente internação hospitalar em São Paulo, o presidente declarou que a proxalutamida “é uma droga que está sendo estudada e que em alguns países têm apresentado melhora. Existe no Brasil de forma não ainda comprovada cientificamente, de forma não legal, mas tem curado gente. Vou ver se a gente faz um estudo disso daí para a gente apresentar uma possível alternativa. Temos que tentar. Tem que buscar alternativas e, com todo respeito, eu não errei nenhuma”. 

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    Droga experimental contra o câncer de próstata (portanto, ainda não comercializada), a proxalutamida é de origem chinesa e atua bloqueando no organismo os hormônios masculinos, como a testosterona. Um estudo recente testou o medicamento em pacientes de Covid-19, chegando à conclusão que seu uso reduziu em 91% a taxa de hospitalização em pacientes, na comparação com tratamentos convencionais. A pesquisa, no entanto, foi rejeitada por publicações importantes como o The New England Journal of Medicine e The Lancet.

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    + Aliados de Bolsonaro já buscam remédio ‘substituto’ para a cloroquina

    A exemplo do que ocorreu com a cloroquina, Bolsonaro não parece se importar com o fato de não ser um tratamento com eficácia reconhecida. Graças às suas declarações e às de políticos de sua base, a nova droga ganhou destaque na internet. Desde julho de 2020 foram registrada 28 000 menções no Twitter à proxalutamida, sendo que 8.092 postagens  sobre o medicamento foram feitas somente nos últimos três dias,  segundo dados da Bite, agência de análise do meio digital. O Google registrou também um expressivo aumento de buscas pela droga no mesmo período.

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    No caso do Twitter, as postagens com maior repercussão vieram da base ideológica do presidente. Elas foram feitos pelas deputadas bolsonaristas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP) em março. O assunto foi o uso da proxalutamida para tratar a Covid-19.

     

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