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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Maia chama Ramagem de ‘raposa no galinheiro’ e diz que não está surpreso

Ex-presidente da Câmara aparece como alvo de vigilância ilegal supostamente feita pela Abin durante gestão do hoje deputado do PL

Por Valmar Hupsel Filho 25 jan 2024, 15h05

‘Não estou surpreso’. Foi assim que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reagiu ao saber que está entre os supostos alvos do “sistema paralelo” de espionagem ilegais da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob a gestão do hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), principal alvo da operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, 25. Maia disse que, se comprovadas as suspeitas da PF, tomará “medidas cabíveis” contra o parlamentar.  “É preciso acabar com a percepção de que o crime contra a democracia é menor”, afirmou.

Além do ex-deputado, a PF desconfia que autoridades como os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e o ex-governador do Ceará, Camilo Santana, hoje titular da Educação, tenham sido alvos do esquema de espionagem paralela na Abin. Investigadores também apuram se a estrutura da agência também foi utilizada para favorecer os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio e Jair Renan, em processos dos quais foram alvos.

Operação da PF

A PF deflagrou nesta quinta-feira a Operação Vigilância Aproximada, que cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais, cujos nomes não foram revelados. As diligências ocorrem em Brasíliq, Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro. As ordens contra Ramagem foram cumpridas em endereços dele e no gabinete na Câmara dos Deputados.

Ao autorizar as buscas, o ministro Alexandre de Moraes citou as supostas ações ilegais da Abin paralela contra Maia e a ex-deputada Joice Hasselmann, dois notórios desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro. “A Polícia Federal indica, também, que os investigados, sob as ordens de Alexandre Ramagem, utilizaram a ferramenta First Mile para monitoramento do então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e da então deputada federal Joice Hasselmann”, escreve o ministro.

Eleição

Rodrigo Maia, que deixou oficialmente a vida pública e hoje trabalha no setor privado, ainda criticou, em nota, o fato de Ramagem aparecer como pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro para a eleição municipal deste ano. “Me surpreende muito uma pessoa que desrespeitou a democracia, a Constituição, a Casa do Povo e usou o Estado para monitorar as pessoas, hoje é deputado federal e ainda quer ser prefeito do Rio de Janeiro”, afirmou. “É a raposa cuidando do galinheiro na Câmara dos Deputados, e é essa mesma pessoa que poderia usar o aparelho de uma prefeitura poderosa como a do Rio de Janeiro contra os seus adversários”, disse.

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