O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) está preocupado com a sua transferência para o presídio da Papuda, em Brasília, que deve acontecer nesta quarta-feira, sobretudo com o risco de perder o cabelo ao ingressar no sistema prisional — ele está preso desde o último sábado na Superintendência da Polícia Federal. Conforme a sua própria defesa escreveu em pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, Loures não quer se tornar um novo Eike Batista, que teve o implante raspado ao ser transferido para a penitenciária de Bangu 9, no Rio de Janeiro.
O advogado Cesar Bitencourt pediu nesta terça-feira a Fachin que assegure ao seu cliente “um mínimo de dignidade e privacidade” para evitar que o transformem num “troféu aos famintos que desejam saborear um banquete espetacularização”. “Aproveita-se a oportunidade para requerer a Vossa Excelência que determine, com urgência, que lhe seja assegurado o máximo respeito aos seus direitos e garantias fundamentais, especialmente que não seja imposto tratamento desumano e cruel, respeitando e assegurando a sua integridade física, especialmente que não se lhe raspe o cabelo como fizeram no Rio de Janeiro com Eike Batista”, escreveu o advogado.