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Inspirado em ideia de Bolsonaro, projeto antiterrorismo empaca na Câmara

A cinco semanas do recesso parlamentar, proposta que cria serviço policial subordinado ao presidente não está na lista de prioridades da Câmara

Por Tulio Kruse 18 nov 2021, 07h00

Há dois meses parado na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que pretende criar uma política para ações de contraterrorismo no Brasil tem poucas chances de ser votado ainda neste ano. O Congresso deve entrar em recesso em cinco semanas, e a proposta não está entre as prioridades dos líderes partidários que discutem a pauta da Casa.

A nova versão do projeto foi apresentada pelo deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), que serviu como consultor legislativo para assuntos militares na Câmara e ajudou Bolsonaro com a primeira versão, há cinco anos. Uma comissão especial aprovou a proposta em setembro deste ano, mas desde então ela está pronta para ser votada no plenário. O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), diz que o projeto “não está no radar” dos parlamentares e que seria necessário haver mais consenso sobre o tema para colocá-lo em votação.

“Particularmente, não vejo muita chance de ser votado ainda esTe ano”, diz Efraim, que participa da decisão sobre a pauta do plenário. “Ele (Vitor Hugo) apresentou um tema que não é simpLes, está trabalhando para amadurecer.”

Ele diz que, até o fim do ano legislativo, os deputados devem dar preferência à votação de medidas provisórias — que deve ocorrer obrigatoriamente até o fim do ano –, do Orçamento de 2022, e da Proposta de Emenda Constitucional que prorroga o prazo para estados e municípios aplicarem o gasto obrigatório em educação (PEC 13/2021).

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O texto da lei contra terrorismo tem como base um projeto apresentado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro em 2016, quando ainda era deputado federal. Ele prevê a criação de um órgão de investigação subordinado apenas ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e ao presidente da República, com poderes para infiltrar agentes em grupos suspeitos e pedir acesso a dados de geolocalização de celulares. O projeto diz que essa força policial poderia reprimir não apenas atos tipificados como terrorismo pela lei, mas também situações que aparentem “ter a intenção de intimidar ou coagir a população civil ou de afetar a definição de políticas públicas”.

A proposta de Vitor Hugo provocou um debate intenso no Congresso e sofre resistência de algumas associações que representam policiais federais, civis e militares. As entidades dizem que o projeto tem termos genéricos, que poderiam facilitar a perseguição de cidadãos sem qualquer relação com grupos terroristas. Além disso, o combate ao terrorismo no Brasil já é uma responsabilidade da Polícia Federal, com cooperação com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Associações de policiais consideram que a criação de mais um órgão pode criar ruídos entre as corporações.

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