O ministro da Educação, Milton Ribeiro, caiu nesta segunda-feira, 28, em razão dos desdobramentos de áudio vazado no qual ele admite a influência de um pastor evangélico na distribuição de verbas da pasta. Com a sua queda, o MEC terá que ir para o seu quinto ministro – mas ainda assim não lidera o ranking de pastas com maior rotatividade no comando em pouco mais de três anos do governo Jair Bolsonaro (PL).
O emprego mais instável no governo Bolsonaro é o de titular da Secretaria-Geral da Presidência, que já está no seu quinto ministro desde julho de 2021, quando o general Luiz Eduardo Ramos assumiu a pasta. Antes dele vieram Onyx Lorenzoni, Jorge Oliveira, Floriano Peixoto e Gustavo Bebbiano – este se tornou o primeiro ministro a cair no atual governo, com pouco mais de um mês no cargo, em fevereiro de 2019.
Antes de Milton Ribeiro, já comandaram o MEC o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez (que ficou apenas três meses no cargo), o economista Abraham Weintraub (um ano e dois meses na função) e Carlos Decotelli (que conseguiu ficar apenas cinco dias e cravar o recorde negativo de permanência no atual governo). Milton Ribeiro estava no posto desde julho de 2020.
Depois de Educação, outras duas pastas tiveram quatro ministros: Saúde (Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga) e Casa Civil (Onyx Lorenzoni, Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos e Ciro Nogueira). Por ora, no entanto, não se cogita partir para o quinto titular em nenhuma das duas pastas.
Dos ministros que posaram com Bolsonaro na foto da posse em janeiro de 2019, seguem no governo Paulo Guedes (Economia), Augusto Heleno (Segurança Institucional), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Onyx Lorenzoni (então na Casa Civil, hoje no Trabalho e Previdência), Tereza Cristina (Agricultura), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) – os cinco últimos, no entanto, devem renunciar nesta semana para disputar a eleição.
Também estavam na foto e continuam nos seus postos o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — que passou a ter mandato desvinculado do Poder Executivo após a aprovação da autonomia do BC –, e o controlador-geral da União, Wagner Rosário.
Veja abaixo outros ministérios que já tiveram ao menos três ministros
Justiça
- Sergio Moro
- André Mendonça
- Anderson Torres
Secretaria de Governo
- Santos Cruz
- Luiz Eduardo Ramos
- Flávia Arruda
Cidadania
- Osmar Terra
- Onyx Lorenzoni
- João Roma