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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Eleições: cinco motivos para apostar e cinco para duvidar da terceira via

Há razões para acreditar na possibilidade de quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro, mas há também dificuldades para o centro político superar

Por Da Redação Atualizado em 11 out 2021, 14h39 - Publicado em 11 out 2021, 14h38
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  • O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente, Jair Bolsonaro, seguem liderando as principais pesquisas de intenção de voto para presidente da República em 2022, enquanto os candidatos da chamada terceira via, mais posicionados ao centro político, continuam patinando em percentuais que, raramente, ultrapassam dois dígitos.

    Mas ainda falta um ano para a eleição e não dá para dizer que a terceira via está descartada, embora suas dificuldades hoje sejam muitas.

    Veja abaixo cinco motivos para acreditar nessa possibilidade e cinco para duvidar que surja algum nome competitivo para enfrentar Lula e Bolsonaro.

    CINCO MOTIVOS PARA ACREDITAR

    1.

    Quase um terço do eleitorado não declarou voto para Lula ou Bolsonaro na pesquisa espontânea (em que os nomes dos candidatos não são apresentados) feita em setembro pelo Ipec: 22% disseram que não sabem ou não responderam em quem votariam, enquanto 13% afirmaram que votariam em branco ou nulo

    2.

    Na mesma pesquisa, 31% disseram que “algum outro candidato que não seja ligado nem a Lula e nem a Bolsonaro deveria ser eleito presidente do Brasil”. Na pesquisa estimulada de intenção de voto (quando é apresentada uma cartela com os nomes dos presidenciáveis), 33% dos eleitores não apontaram nem Lula e nem Bolsonaro como preferidos.

    3.

    Bolsonaro e Lula são os mais rejeitados pelos eleitores, segundo pesquisa Datafolha de setembro: 59% não votariam de jeito nenhum no presidente, e 38% rejeitam o petista.

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    4.

    Segundo pesquisa do PoderData, também de setembro, 30% dos eleitores admitem que poderiam votar em Ciro Gomes (PDT); 29% em Eduardo Leite (PSDB); 28% em João Doria (PSDB); e 35% em Rodrigo Pacheco (DEM). Os chamados potenciais de voto dos candidatos do centro político são maiores que os de Lula (23%) e de Bolsonaro (13%)

    5.

    Desejo de mudança é forte: segundo o Ipec, 35% defenderam que “mudasse totalmente o governo do país” e 34% gostariam que “mantivesse só alguns programas, mas mudasse muita coisa”.

     

    CINCO MOTIVOS PARA DUVIDAR

    1.

    Desde o início dos levantamentos de intenção de voto, a maioria dos candidatos está estagnada em percentuais abaixo de 10%. Na última pesquisa Datafolha, por exemplo, Ciro tem 9%, Doria tem 4%, Luiz Henrique Mandetta (DEM) tem 3% e Rodrigo Pacheco (DEM) tem 1%

    2.

    Lula e Bolsonaro têm um eleitorado aparentemente cativo que pode garantir ao menos a ida ao segundo turno. Na pesquisa espontânea do Datafolha, 27% citam o nome do petista, enquanto 20% apontam o atual presidente como escolhido para presidir o país a partir de 2023

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    3.

    Um por ter sido presidente por dois mandatos e o outro por ainda estar no cargo, Lula e Bolsonaro são bem mais conhecidos dos eleitores, condição que nomes novatos como Rodrigo Pacheco ou Eduardo Leite terão que batalhar muito para conquistar

    4.

    Há candidatos demais trafegando pelo centro. Enquanto Bolsonaro e Lula já estão rodando o país e divulgando suas ideias para 2022, o centro político se divide em muitas alternativas: Ciro, Doria, Leite, Sergio Moro, Pacheco, José Luiz Datena (PSL), Mandetta, Alessandro Vieira (Cidadania) e Simone Tebet (MDB) estão brigando para ocupar esse espaço

    5.

    País polarizado: o momento atual é de divisão da maior parte do eleitorado entre a esquerda e a direita do espectro político. Por enquanto, a disputa caminha para ser uma espécie de plebiscito entre o atual governo e as gestões petistas. Resta ao centro quebrar esse debate, acabando com o clima de “Fla-Flu” na disputa eleitoral.

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