Com a aprovação em queda livre nas pesquisas de intenção de voto, o presidente Jair Bolsonaro também está em baixa no principal serviço de busca da internet. O interesse por pesquisas a respeito do capitão nunca foram tão baixas no Google desde a eleição de 2018.
Embora não revele o número total de buscas feitas sobre determinado assunto, o Google atribui um valor de 100 ao pico de pesquisas, que passa a ser o parâmetro para os demais períodos (um índice de 50 representa metade do total de buscas no período). Segundo o serviço Google Trends, ferramenta que mostra a popularidade dos termos pesquisados e as tendências dos assuntos no serviço, as buscas por Bolsonaro atingiram o ápice na semana de 7 a 13 de outubro de 2018, primeiro turno das eleições.
Desde então, todas as pesquisas ficaram abaixo desse valor, e atingiram índices mais altos em momentos específicos, como em sua posse (quando atingiu o índice 45) ou no discurso em que minimizou a pandemia de Covid-19, quando chamou a doença de “gripezinha” (índice de 39). Um valor de 50, por exemplo, representa metade do volume máximo de buscas.
Desde o final de outubro, quando registrou índice 6, o interesse pelo presidente no buscador caiu a 3 no fim de novembro e estacionou em 4 durante todo mês de dezembro — em anos anteriores, o interesse ficou classificado entre e 5 e 6. Em outras palavras, o volume atual de buscas por Bolsonaro é cerca de 4% do total verificado na época da eleição, o mais baixo registrado pelo Google Trends.
A ferramenta mostra também quais foram as principais buscas relacionadas a Bolsonaro durante o ano: “CPI da Covid”, em razão da comissão que investigou a atuação do governo federal na pandemia; “leite condensado”, em razão dos gastos do Executivo com um dos ingredientes preferidos do presidente no café da manhã; “7 de setembro”, data em que o país temeu uma ruptura institucional; e “comprovante de votação”, uma das bandeiras de Bolsonaro em sua defesa do voto impresso.