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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Deputado mais votado em SP, Boulos defende diálogo de Lula com o Centrão

Para líder de movimento sem-teto, governabilidade de eventual gestão petista dependerá de acordo com importantes nomes no Congresso

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 out 2022, 16h49 - Publicado em 4 out 2022, 15h57

Deputado federal mais votado de São Paulo nas eleições deste ano, Guilherme Boulos (PSOL) se manifestou a favor do diálogo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se eleito, com o Centrão no Congresso – mas criticou a existência do chamado orçamento secreto.

Boulos, que na última segunda-feira, 3, participou da reunião da cúpula da campanha de Lula, defendeu que a bancada do PL de Jair Bolsonaro – a maior eleita na Câmara – não é uniforme e é formada, em grande parte, por nomes de “ocasião”.

“Uma parte da bancada do PL é bolsonarista ideológica, que não acredita em vacina e acha que a Terra é plana. Outra parte é o histórico Centrão. O presidente Lula vai ter que formar uma maioria no Congresso. Vai ter que dialogar com setores do centro político. Com setores que estão aí e que possam fechar uma agenda política de transformação”, disse. “Existe um campo de extrema direita e existe um campo de centro político, que vai ter que dialogar”, completou.

Classificando como “excrescência” o orçamento secreto – que permite a destinação de verbas parlamentares a projetos sem identificação –, o recém-eleito deputado defendeu a extinção do mecanismo, o que, segundo ele, é um impeditivo para qualquer possibilidade de governabilidade de Lula a partir do ano que vem.

“A maior batalha no Congresso vai ser acabar com o orçamento secreto, que está levando os recursos da União para projetos locais, clientelistas, muitas vezes com esquemas de desvios, em vez das prioridades nacionais”, declarou. “Temos 19 bilhões de reais, que é o que está previsto no orçamento de 2023, para obras localizadas, que fazem com que o presidente da República não tenha condições de definir prioridades para o país”, disse Boulos.

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Lula no segundo turno

Questionado sobre a demonstração de força da direita no primeiro turno, que elegeu uma bancada conservadora no Congresso, além de quadros favoráveis nos estados, Boulos minimizou a composição e afirmou que a margem entre Lula e Bolsonaro foi “significativa” – e que, agora, a prioridade deverá ser avançar sobre o eleitorado de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), que nesta terça-feira, 4, se manifestou em apoio ao petista, mas sem pedir voto ao ex-presidente e sem sequer citá-lo nominalmente.

“Não é novidade você ter uma bancada conservadora no Congresso. Lamentavelmente, o Congresso está marcado, em todas as eleições, inclusive em que a esquerda ganhou a eleição presidencial, nunca chegou perto de ter maioria no Congresso. Porque tem uma lógica clientelista de eleição, que é onde o Centrão se ergueu e se reproduz”, disse.

“Lula ganhou a eleição no primeiro turno com 6 milhões de votos a mais do que Bolsonaro, é uma margem significativa. Bolsonaro precisa adquirir quase 70% dos votos da Simone Tebet e do Ciro para poder encostar no Lula. O Lula precisa de apenas 30% desses votos para liquidar a fatura e ganhar a eleição”, declarou.

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