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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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CPI da Pandemia foi monitorada por ‘Abin paralela’, diz senador

Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que teve telefone clonado e conversas grampeadas e que já levou o caso ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 2 fev 2024, 12h15 - Publicado em 1 fev 2024, 20h28

O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse nesta quinta-feira, 31, que parlamentares foram monitorados ilegalmente pela “Abin paralela” que teria atuado no governo de Jair Bolsonaro durante os trabalhos da CPI da Pandemia, em 2022. Ele afirmou que levou essa informação ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que já solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista dos congressistas que foram alvo da arapongagem. “É o caso de, se tiver elementos, processar os autores”, disse o senador em Salvador, durante a cerimônia de abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia.

A CPI da Pandemia foi um dos principais pontos de preocupação do governo Bolsonaro. A comissão finalizou os trabalhos em outubro de 2022 e concluiu pelo pedido de indiciamento de 66 pessoas por diversos crimes, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Alencar relatou que, durante os trabalhos da CPI, a cúpula da comissão se reunia secretamente à noite na casa do senador Omar Aziz (PSD-AM) para a definição dos próximos passos e estratégias, e que havia um acordo interno para que as informações não fossem divulgadas. “No dia seguinte estavam na imprensa”, disse. “Eles grampeavam, eles monitoravam. Meu telefone foi clonado. Eu tinha dificuldade de conversar com os colegas.”

Otto afirmou ainda que ele e o senador Rogério Carvalho (PT-SE) chegaram a ser investigados pela Receita Federal. “Ninguém tinha dúvida de que estava sendo monitorado, investigado, com o telefone grampeado.”

A atuação da chamada “Abin paralela” foi alvo de operação da PF nas últimas semana. Os investigadores apuram se a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência foi utilizada para monitorar ilegalmente desafetos do governo Bolsonaro e levantar informações para ajudar os filhos do ex-presidente nos processos dos quais são alvos. Segundo as investigações, até os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes teriam sido monitorados ilegalmente.

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General Heleno

O parlamentar disse ainda que a responsabilidade pelos monitoramentos recai sobre o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL do Rio. “Na minha opinião, o general Heleno está totalmente envolvido nisso. Ele tem que ser chamado agora pela Polícia Federal para se explicar. E o Ramagem, que era delegado da Polícia Federal, é praticamente da família de Bolsonaro”, disse.

A PF intimou Heleno a prestar depoimento, marcado para a próxima terça-feira, 6. Os investigadores já identificaram que o então chefe do GSI teve acesso a informações de pessoas monitoradas e querem entender qual é o alcance das informações recebidas por ele. O depoimento de Ramagem, que foi alvo de mandados de busca e apreensão na semana passada, está marcado para o próximo dia 27.

 

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